A Embrapa oferece ainda outras técnicas durante a capacitação através de pesquisadores da Bahia
O curso de atualização tecnológica em fruticultura, com ênfase nas culturas de abacaxi e citrus está sendo realizado nesta semana na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Cruzeiro do Sul (AC). A capacitação oferecida para extensionistas, técnicos e produtores do Acre conta com aulas teóricas e práticas. Durante a programação serão passadas técnicas de enxertamento e melhoramento das frutas.
Entre os conhecimentos repassados pelos pesquisadores da Bahia está a técnica de indução floral, que consiste em uniformizar a colheita de abacaxi e programa-la, através da aplicação do carbureto de cálcio, produto que dá sinal para planta soltar o fruto, disponibilizando dessa forma para o produtor a programação da colheita e produção durante o ano inteiro.
“O abacaxi quando chega a certo estágio de desenvolvimento a planta entende que está na hora de reproduzir e a reprodução da planta é colocar o fruto. Essa frutificação é desuniforme, e tendo um plantio comercial, o produtor quer colher em uma determinada época, e deixando ela florar naturalmente a colheita será de maneira desuniforme, e para superar essa situação a ciência desenvolveu a técnica de indução floral”, explicou o pesquisador agrônomo especializado em doenças de plantas, Aristótales Pires.
O extensionista Francisco Alves veio de Bujari para participar do curso no intuito de ajudar produtores da região. “Esse curso tem uma importância de reciclagem dos conhecimentos, tem coisas que não sabíamos e outras que voltamos a conhecer e levar essa tecnologia para os produtores que necessitam desses conhecimentos”, relatou o extensionista.
Além dos conhecimentos voltados para o abacaxi, os pesquisadores expandirão a capacitação para área de citrus. “ Citrus que somam laranjas, limões, tangerinas, toranjas, nós temos uma grande variabilidade genética deles. Esse curso traz uma infinidade de informações sobre variedades, multiplicação da planta em forma de enxertia. As plantas melhoradas, a gente multiplica ou clona em forma de enxertia para colocar esse material a disposição dos produtores”, citou o pesquisador João Roberto.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery