O deputado Jamyl Asfury (DEM) considera que o governo tem que agir com urgência para corrigir falhas que ele constatou durante visita ao presídio de Cruzeiro do Sul. Em discurso nesta quinta-feira, 24, Jamyl Asfury disse que o local, classificado como de “segurança máxima”, tem um pavilhão com cobertura de telhas de amianto simples e forro de madeira.“Celas que deveriam estar com quatro detentos, estão com até 40. São pessoas que deveriam estar passando pela ressocialização em regime semi-aberto, que passam o dia fora da prisão e voltam durante a noite. São mantidas em condições subumanas. Será que serão reinseridas na sociedade? Acredito que não”, afirmou.
Além da falta de estrutura do prédio, Asfury disse ter visto que os agentes penitenciários são em número muito reduzido e não possuem equipamentos de segurança. “Eu vi”, ressaltou Asfury, para comentar em seguida que os secretários de Segurança e o diretor do Instituto de Administração Penitenciária estiveram em Cruzeiro do Sul e não foram visitar a penitenciária. “Eu tenho a maior consideração pelos dois pela atuação na instituição que represento, a Polícia Federal, mas agora eles estão do outro lado”, observou, referindo-se aos ex-superintendentes da PF em Rio Branco, Reni Graebner e Dirceu Augusto respectivamente.
De acordo com o deputado, a prisão feminina de Cruzeiro do Sul sequer tem um sistema de segurança. “Elas ficam presas porque querem, não têm controle nenhum”, comentou. Para ele, o governo deve agir de imediato, pois casos como a morte de um adolescente em fuga, como foi registrado recentemente em Rio Branco, pode voltar a acontecer e os agentes socioeducativos não podem ser penalizados pelas deficiências do Estado.
João Maurício
Foto: J. Simão
Agência Aleac