Um grupo de manifestantes, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação, protestaram, nesta quarta-feira (15), no centro da cidade de Cruzeiro do Sul contra a PEC da Reforma da Previdência. Com faixas e cartazes, os trabalhadores demonstraram insatisfação com as novas medidas propostas pelo governo para aposentadoria e aproveitaram para cobrar a saída de Michel Temer da Presidência da República.
Todas as escolas da segunda maior cidade do Acre fecharam as portas para o dia de mobilização nacional contra a PEC e mais de 500 servidores públicos participaram do ato realizado pela manhã. O grupo que circulou nas principais Avenidas do centro da cidade com o apoio de várias lideranças que utilizaram um carro de som para apoiar a luta dos trabalhadores.
“Estou sempre em defesa dos assalariados que são os menos favorecidos deste país e não podemos aceitar que o governo tire os direitos dos trabalhadores como está fazendo com essa PEC da Reforma da Previdência. Sou contra e estou aqui para lutar contra essa agressão aos nossos direitos” – disse a vereadora Mariazinha que participou da caminhada.
Além das escolas, outras instituições públicas de Cruzeiro do Sul também não funcionaram durante esta quarta-feira. Na agência dos Correios não houve atendimento. Um grupo de professores da UFAC também fizeram parte do protesto.
“Embora a representação de professores da UFAC neste momento seja pequena, nós temos o dever moral porque somos formadores de cidadãos. Não podemos aceitar que nesse momento de uma luta coletiva do povo brasileiro, simplesmente estejamos com as portas abertas na Ufac, porque amanhã é o nosso futuro professor que vai está passando por essa situação. A Reforma é mais uma conspiração contra o povo do nosso país” – contestou o professor Marcelo Zaboeth, que defendia uma participação mais efetiva da classe acadêmica na manifestação.
O presidente do Núcleo do Sinteac avaliou como positiva a participação dos trabalhadores. “É até surpreendente a quantidade de trabalhadores que aqui vieram. Estamos muito satisfeitos com este ato e a luta continua. Este é apenas o pontapé inicial e estamos nos organizando para continuar a luta contra a Reforma da Previdência. Vamos agora pressionar os nossos parlamentares para votar contra a essa PEC” – disse Edvaldo Gomes.
Tribuna do Juruá – Dejalcimar Rogério