Aproximadamente 30 alunos da Escola de Ensino Médio Craveiro Costa, em Cruzeiro do Sul (AC), receberam a segunda fase da oficina de construção de instrumentos percussivos e de transmissão de ritmos populares baianos – baseado nos ritmos do Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, além de outros blocos e grupos tradicionais –, que se encerrou na quarta-feira, 23.
De Salvador, (BA), os músicos Pedro Paz Lopes e Hermógenes Araújo repassaram noções preciosas para a confecção e o manuseio de percussões, sendo a repetição o principal método utilizado para o aprendizado. As aulas foram realizadas no pátio da instituição, com carga horário de 20 horas, por meio do eixo educativo da 16ª edição do Festival de Teatro Brasileiro (FTB).
“É uma grande oportunidade, um momento único para escola e também para que nós possamos aprender mais. Já aprendi a tocar o surdo. É tudo muito interessante”, comemorou a estudante Janaína Silva. Para a construção do corpo e da pele dos instrumentos, que possuem vida útil de três anos, o grupo utilizou elementos como papel, madeira e até lâminas de raio-X.
Agora, os alunos precisarão se manter articulados para que possam evoluir juntos. “É importante que eles consigam trabalhar integrados e aprendam se ouvir, que é o mais importante na música, além de pesquisar e descobrir mais sobre os ritmos de percussão. Os grupos de Salvador são boas referências”, explica Hermógenes.
O projeto de musicalização será finalizado no próximo sábado, 26, com uma apresentação dos estudantes na Escola Craveiro Costa e no Teatro dos Nauas, ocasião em que o espetáculo “Entre Nós – Uma Comédia Sobre a Diversidade” estará aberto para a apreciação do público, às 19h30.
Para o percussionista Pedro Paz Lopes, o FTB é um investimento que aproxima a realidade de diferentes regiões e que deixa um legado sócio-cultural ao término de cada edição. “Todo conhecimento que a gente adquire modifica a sociedade de alguma forma. Isso vai depender da forma como eles assimilarem e levarem isso para frente”.
Realização – O FTB recebe o apoio cultural do governo do Acre, por meio das secretarias de Comunicação (Secom) e de Educação e Esporte (SEE) e das fundações Aldeia de Comunicação (Fundac) e Elias Mansour (FEM), com patrocínio da Lei Nacional de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura (Minc), e da Petrobrás. A ação conta, ainda, com a parceria do Instituto Federal do Acre (Ifac) e apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Assessoria FTB-CZS