Uma enchente repentina que castigou o Rio Gregório na última sexta-feira (14) causou prejuízos aos agricultores e desabrigou dezenas de famílias. Sete casas foram arrastadas pela força da correnteza que destruiu plantações, dizimou criações de pequenos animais e levou utensílios domésticos dos moradores.
A força da natureza começou durante a madrugada pegando as famílias de surpresa. De forma muito rápida o nível do rio começou a subir e transbordou em poucas horas sem dá tempo para que muitos moradores retirassem seus pertences e levassem os animais para um local seguro.
Os prejuízos até agora ainda não foram calculados pela Defesa Civil. Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul passou o final de semana nas comunidades afetadas pela enchente. Os bombeiros fizeram o registro do estrago provocado pela enxurrada.
Em algumas comunidades foi grande a quantidade de galinhas, porcos e outros animais que morreram com a enchente. Várias famílias perderam fogões, camas, geladeiras, roupas e outros utensílios.
Todas as aldeias do povo indígena Yawanawa e várias comunidades não indígenas foram atingidas pelo cheia do Rio Gregório. Um total de 58 famílias foram desalojadas e tiveram buscar abrigo em regiões de terra firme. Algumas estão abrigadas em casas de familiares e outras improvisaram barracos onde permanecem em busca de apoio.
Como a calha do rio é estreita, assim como a água subiu rapidamente, também baixou durante os últimos dias, mas ainda existem algumas áreas inundadas. No entanto a situação ainda preocupa os moradores e o comando do Corpo de Bombeiros, pelo fato do alto índice pluviométrico registrado na região do Juruá nos últimos dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros, Major Marcelo Araújo, acionou os as outras instituições que formam a Defesa Civil, em Cruzeiro do Sul, e deve enviar apoio às famílias durante toda semana.
“Precisamos da colaboração de toda a sociedade civil organizada para ajudar às famílias que ficaram sem seus pertences. Nesse sentido estamos recebendo doações, principalmente de alimentação, colchões e roupas. Cada cidadão que quiser doar alguma coisa pode deixar no quartel do Corpo de Bombeiros que vamos entregar para as pessoas que estão desabrigadas” – solicitou Araújo.
Tribuna do Juruá
Fotos cedidas pelo Corpo de Bombeiros