Os estudantes da escola Professor Flodoardo Cabral deixaram a aula da tarde desta quarta-feira (29) e foram para frente da Delegacia Geral de Polícia de Cruzeiro do Sul, para exigir que a polícia realize investigações para tentar encontrar o professor Jairo Marques, desaparecido desde a manhã de terça-feira (28). Jairo deixou a escola logo após o trabalho, pela manhã, e foi a uma agencia de banco. Após sacar dinheiro no terminal eletrônico o professor não deu mais notícias.
A família está desesperada e os alunos, que sempre cativaram o professor, procuram por todos os cantos da cidade para tentar localizá-lo. Nas redes sociais a notícia foi o assunto mais comentado desde ontem. Fotos de Jairo circulam nos grupos e foram colocadas nos locais de maior movimentação de pessoas.
A direção do colégio, os outros colegas de trabalho e os alunos levaram cartazes e ficaram durante toda à tarde em frente à delegacia solicitando providências por parte das autoridades de segurança.
A esposa também compareceu a delegacia para prestar queixa. Ela afirmou que o marido iria fazer compras logo após o expediente de trabalho. Dona Maria José revelou que, assim que deixou o banco, ele teria abastecido o carro três vezes durante o prazo de apenas 12 minutos. Ela teve informação de que cada vez que ele abasteceu, foi em posto diferente porque Jairo utilizou o cartão bancário da esposa para comprar gasolina para o veiculo.
A mulher contou ainda que o professor já teve problemas psicológicos e que já tinha sumindo outras vezes. Mas a última vez que isso aconteceu foi há dez anos quando ele passou mais de dois dias sem dá informações e foi encontrado em Rio Branco.
O delegado Elton Fultigami esclareceu que, assim que recebeu a denúncia, nesta quarta-feira pela manhã, a Polícia Civil iniciou um processo de investigação para tentar encontrar o professor. No entanto, como não existe uma notícia de crime, segundo o delegado, não é possível realizar uma operação de buscas. O delegado afirmou que já foi feito um contato com as delegacias de todo estado, com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, para que todas as instituições de segurança tenham as informações sobre o caso e possam ajudar localizar o professor, caso tenha deixado a cidade.
Tribuna do Juruá