A partir desta semana os açougues de Cruzeiro do Sul só receberão carne resfriada do frigorifico para colocar a disposição dos consumidores. A norma faz parte de exigências sanitárias que determinam que os animais devem ser mantidos em câmaras frias por no mínimo doze horas após o abete. A regulamentação fez com que o número de animais abatidos diariamente na segunda maior cidade acreana fosse reduzido mais metade durante a última semana.
De acordo com o IDAF, a regulamentação tem como finalidade preservar a boa qualidade da carne que é oferecida à população. “A carne servida assim que o animal é abatido não tem uma boa qualidade, ainda é basicamente músculo. Após um período de refrigeração ela fica macia e adequada para o consumo” – explicou o médico veterinário do IDAF Lucenildo Lima.
Em maio deste ano a única empresa que abate animais em Cruzeiro do Sul foi notificada pelo IDAF para se adequar às exigências. No entanto, o empresário demorou para construir uma câmara fria com maior capacidade para atender a demanda e isso fez com que na semana passada o frigorífico diminuísse a quantidade de uma média de 50 para 23 animais abatidos por dia.
Nesse período houve uma baixa na oferta de carne bovina na cidade. Segundo os proprietários de açougues, só não faltou carne para os consumidores porque outras empresas estão importando de Rio Branco e Sena Madureira.
Segundo o médico veterinário do IDAF, que acompanha o processo de adequação do frigorífico, o problema já foi superado. A empresa de Cruzeiro do Sul concluiu a construção da câmara fria com capacidade para armazenar 80 animais. Além disso, o empresário acabou de alugar um novo frigorifico de grande porte, de propriedade do empresário Orleir Cameli, que estava desativado a mais de um ano.
“Esse frigorifico foi construído para ser submetido a inspeção federal pois o empresário tinha a intenção de exportar carne para outros estados. Portanto, agora não haverá nenhum problema para manter os animais pelo período necessária para a refrigeração já que dispõe de 3 câmaras frias, cada uma com capacidade para manter 120 animais” – disse o veterinário do IDAF.
Tribuna do Juruá – Da redação