Um grupo de 18 funcionários terceirizados, que trabalham no Hospital Dermatológico de Cruzeiro do Sul, está indo para o terceiro mês sem receber seus salários. O motivo: o governo do Estado está honrando parcialmente o contrato com a empresa MM, que presta serviços de limpeza na unidade e cuja sede fica em Rio Branco. “Vou pagar juros altíssimos no crediário e meu nome está ameaçado de ir para o Serasa”, disse, aos prantos, uma funcionária.
A reportagem procurou o diretor da unidade, Ailson Pinheiro Zumba, que, por está voltando de férias, até aquele momento, não sabia informa os motivos do não pagamento. Ao ser informado da situação, o vereador Marcos Lima Verde (PMDB) se solidarizou aos trabalhadores e vai denunciar o “descaso” nos Ministérios Públicos do Trabalho (MPT) e Estadual (MPE). “Isso é inadmissível. Eles ganham apenas um salário mínimo e sequer conseguem receber”, criticou ele, indignado.
O responsável pela empresa no município, um homem conhecido por Pastor Alexandre, não quis se pronunciar, mas fez contato com a proprietária, a senhora Maria das Dores Silva Araújo, que garantiu normalizar os pagamentos até o dia 15 deste mês. Ela justificou o atraso alegando ter dificuldades para receber os pagamentos integrais do governo. “Há seis meses eu só recebo a metade”, disse a empresária, afirmando que o atraso nos pagamentos se estende a todos os prestadores de serviço e fornecedores. “Existe uma crise que deve perdurar até novembro”, previu.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal