O movimento grevista dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Acre a cada dia ganha mais força
Apenas 30% do quadro funcional do TJ, incluindo os oficiais de justiça presta atendimento ao público. A Situação compromete os serviços oferecidos pelo tribunal à comunidade.
A greve começou depois que o Tribunal de Justiça apresentou um plano de cargos e salários, de forma arbitrária e sem prévia comunicação aos servidores.
“O TJ realizou um sessão do Pleno e aprovou a proposta sem consulta dos servidores e chamaram a diretoria da SINPJAC para entregar a nova minuta que a princípio seria para ser discutida novamente com os servidores. Ledo engano, pois duas horas depois publicaram no site do TJ/AC que o PCCR estaria aprovado, inclusive utilizando de má fé fotos de representantes da diretoria, vez que isso não foi repassado na entrega da minuta”, afirmou Daura Pinheiro, líder do movimento grevista em Cruzeiro do Sul.
A categoria acredita que a medida foi tomada intencionalmente pelo Tribunal de Justiça, que pretende diminuir substancialmente benefícios gratificados, como o valor pago por mandado, pois, caso contrário, haverá resíduo de mandados.
Os servidores reivindicam condições dignas de trabalho, o Plano de Cargo, Carrera e Remuneração-PCCR, progressão funcional e dentre outros benefícios e não apenas vantagens pecuniárias.
Os servidores realizam manifestos em todo o estado. Caso a situação não seja contornada, 30 profissionais na capital farão greve de fome, para chamar atenção das autoridades quando a necessidade de assegurar os direitos da categoria.
Movimento sindical ganha força
Na tarde dessa segunda-feira, 05, os profissionais de Cruzeiro do Sul se reuniram com a deputada Antônia Sales e expuseram a situação. A parlamentar declarou total apoio à causa e assegurou que fará todo o possível para que a Assembleia Legislativa do Acre tome parte e se manifeste em favor da categoria.
“O Tribunal de Justiça do Acre é o melhor da região Norte e o quinto melhor do país. Isso não se deve apenas a desembargadores, mas acima de tudo, aos demais servidores que batalham todos os dias no cumprimento do dever, e que, agora não têm nem mesmo seus direitos assegurados. É inaceitável vivermos em um Estado que ainda continua bitolado por uma Ditadura Branca, a ponto de manipular até mesmo o próprio Tribunal de Justiça”, finalizou a deputada.
Tribuna do Juruá – Dayana Maia