O alto número de pessoas com hepatite B dificulta o procedimento
Atualmente o Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul(AC) conta com aproximadamente 800 doadores, o que não é suficiente devido a grande demanda de sangue que é preciso para atender a população cruzeirense, e ainda os municípios vizinhos e o de Ipixuna (AM).
Uma grande dificuldade enfrentada pelo órgão é o alto índice de pessoas infectadas pelos vírus da Hepatite B, e outras que mesmo sendo aprovadas no teste, não retornam para fazer a doação. De quinze pessoas que fazem a pré-triagem cerca três comparecem para doar. Na semana o números de doadores é entre seis à oito.
As pessoas só se conscientizam quando alguém próximo necessita da doação, como explica a enfermeira Fabíola Jucá.
“As pessoas só ficam mais sensibilizadas e procuram o Hemonúcleo quando acontece algum acidente com alguém próximo. Muitas vezes não são doadores, então temos que fazer o teste e demora quinze dias para chegar o resultado, e a pessoa que precisa do sangue necessita naquele momento”, explicou.
A tipagem sanguínea é outro fator que interfere na doação devido grande parte da população local apresentar o fator Rh positivo e não o negativo.
A enfermeira ressaltou ainda que os interessados em realizarem doações podem comparecer no Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul nos dias de segunda, terça e quinta-feira, dás 7:30 às 17:30. Menores de idade entre 16 e17 anos devem comparecer com o responsável e acima de 18 é necessário documento de identidade com foto. Homens doam 4 vezes ao ano de 2 em 2 meses. E mulheres 3 vezes ao ano de 3 em 3 meses. Podem doar pessoas com até 65 anos.
O sangue doado é usado para assegurar um direito primordial, o direito à vida. Sua atitude em doar sangue é a esperança de muitos pacientes que precisam de sangue para continuar vivendo. Como não há substituto para o doador, ele é especial. É preciso que pessoas saudáveis doem regularmente. Cada doador pode salvar até quatro vidas, esse deve ser um motivo de alegria para quem doa sangue e um incentivo para que um gesto tão grandioso venha a tornar-se um hábito, o de salvar vidas.
Tribuna do Juruá – Thiago Jucá