Alto número de hepatite e malária na região são as principais causas do baixo estoque
O Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul iniciou o ano com um baixo estoque de sangue. Nesta quarta-feira o banco estava praticamente vazio, contando com apenas 16 bolsas sanguíneas, número que pode reduzir a qualquer momento. O município abastece atualmente todas as unidades hospitalares do Vale do Juruá, além de três municípios do Amazonas.
Apesar da baixa procura ainda existem pessoas que sentem-se tocadas em ajudar o próximo, como é o caso de Alessandro Andrade, doador há mais de 13 anos.
“Eu faço questão de realizar esse gesto de amor, pois sei que através dele estarei salvando inúmeras vidas, aproveito para chamar outras pessoas a também agirem dessa forma, pois a qualquer momento qualquer um de nós podemos precisar, nunca sabemos”, falou o doador.
Qualquer pessoa acima de 16 anos pode fazer a doação. Os menores de idade necessitam da presença dos pais. É preciso está de posse da carteira de identidade ao procurar o hemonúcleo.
Primeiro é realizado uma pré-triagem para saber se a pessoa é apta a doar sangue, após os resultados, o voluntário já pode colher a bolsa de sangue se todos os resultados forem favoráveis. A maior causa do baixo estoque de sangue são os inúmeros casos de hepatite e malária na região que impossibilitam as pessoas de serem doadoras. O doador que contrai malária, por exemplo, so depois de um ano pode novamente voltar a doar sangue. Já os casos de hepatite não é possível a doação em nenhum momento.
“Nós estamos precisando de todos os tipos de sangue. Os mais procurados são os O +, mas o O- é essencial pois ele salva a vida de qualquer pessoa sendo doador universal”, relatou a funcionária do hemonúcleo Graça Tavares.
As doações podem ser realizadas no Hemonúcleo nas segundas, quartas e sextas-feiras no horário de 7h30m às 17h30m.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery