A garota afirma que foi colocada dentro de um carro por quatro homens, e abusada por um deles.
Durante a manhã desta quinta-feira (17) a Delegada da Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher e do Menor (Deam), Carla Ivane de Brito, ouviu o depoimento da jovem que afirma ter sido estuprada na noite desta quarta-feira (16) depois de sair da escola.
Em depoimento a jovem explica que passava mal e por esse motivo saiu mais cedo da escola, por volta das 21h. Quando se aproximava de casa foi abordada no Bairro 25 de Agosto por dois homens encapuzados que a colocaram dentro de um veículo preto. Dentro do caro estavam outros dois envolvidos. Segundo os relatos da jovem os homens colocaram um saco de pano na cabeça dela e a levaram para um local desconhecido.
“A vítima está em estado de choque, ela não sabe para onde foi levada, não tem noção de tempo para dizer por quanto tempo ela permaneceu dentro do carro até o local, mas lembra que o lugar tinha lajotas, pois na hora que foi jogada no chão ela sentiu o chão frio”, disse a delegada.
Segundo a vítima apenas um dos homens a abusou sexualmente, enquanto os outros incentivavam o estuprador a realizar o crime. A estudante teve sua roupa rasgada pelo estuprador e durante o tempo que esteve sobre domínio dos envolvidos ela ficou com o rosto coberto pelo saco de pano, sendo levantado apenas para forçá-la a ingerir bebida alcoólica.
“Ela disse que a pessoa jogava bebida e tapava a boca dela, isso já depois do ato”, explicou.
Após o crime os homens deixaram a jovem, sob ameaças, no mesmo local onde a abordaram.
“Ela disse que os agressores falaram que se caso ela relatasse o fato para alguém, fizesse qualquer denuncia, ela sofreria conseqüências maiores do que a que ela estava sofrendo”, destacou.
A mãe da garota contou ainda que no inicio da noite um homem chamou pela filha na frente da residência, e ela, de dentro da residência, avisou que a filha estava para escola. Ao se dirigir até a janela da casa viu um carro preto saindo do local.
A jovem falou ainda para a delegada que a cerca de oito dias ela havia sido abordada por um homem, de posse de uma faca, que a chamou para um local mais escuro, mas ela conseguiu fugir. E acredita que exista uma ligação entre os acontecimentos.
“A partir de agora a polícia inicia um processo de investigação que corre em sigilo, tendo em vista que trata de violência sexual e de crime de estupro que a pena é de reclusão de 6 à 10 anos. A vítima está recebendo todo apoio psicológico, já foi encaminhada para realização de exames, e também para o hospital onde será ministrado os remédios contraceptivos necessários e as vacinas necessárias tendo em vista a violência que sofreu”, finalizou a delegada ao explicar os procedimentos que serão tomados a partir de agora.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery