Na última quarta-feira (11) a prefeitura de Mâncio Lima inaugurou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps I) no município. O espaço físico, foi readequado, com recursos próprios para atender a população, e as equipes serão compostas por profissionais aptos à atender a demanda da cidade. O Caps faz parte de uma política do governo federal, através do Ministério da Saúde. O município, através de sua equipe, elaborou um plano e apresentou para o Ministério da Saúde, que aprovou.
Será realizado um cadastro e todo um acompanhamento com as famílias que sentirem necessidade dos serviços oferecidos no Caps.
“Esse é um instrumento fundamental para a demanda encontrada na nossa cidade, onde muitas pessoas tem problemas psicológicos, e a questão do álcool e da droga está também trazendo muito distúrbio para muitas famílias que não estão sabendo lidar com essa questão, e esse Caps vai ser uma referência para as famílias de Mâncio Lima”, falou o presidente da câmara de vereadores Manoel Medeiros, que também esteve presente na inauguração.
O local recebeu o nome do morador do município Raimundo Moreira Marques. A filha do homenageado esteve presente na inauguração e falou da emoção.
“Me sinto muito feliz, é uma grande homenagem ao meu pai, sendo um homem que veio do Ceará, mas durante os mais de 50 anos que viveu por aqui ele era mais manciolimense do que cearense. Ele foi um grande homem dentro de Mâncio Lima, e me sinto honrada em ter o nome do meu pai aqui no Caps”, falou a filha do homenageado, Maria Zilma Marques.
O secretário municipal de saúde, Josianes, explicou que a implantação do Caps no município aconteceu devido a constatação do alto número de pessoas com problemas mentais, e uso abusivo de álcool e outras drogas.
“Percebendo que as pessoas do município tinham que se deslocar até Cruzeiro do Sul, para o Caps regional, o município logo aderiu à política nacional de saúde mental. Ele vai ter uma importância muito grande, pois nós vamos inserir pessoas que hoje se encontram excluídas. Teremos uma equipe disposta a motivar essas pessoas”, falou o secretário.
Der acordo com o vice-prefeito, Eriton Maia , as cidades acrenas tem apresentado cada vez mais problemas trazidos para as famílias devido o uso abusivo de álcool e drogas. A própria desagregação familiar, os próprios conflitos internos da família tem trazido dificuldades nesse campo da psicologia, gerando assim traumas psicológicos.
“O nosso esforço foi de criar uma referencia para lidar com um problema muito complicado que nem todo mundo sabe lidar, não tem receitas próprias para isso. O objetivo é envolver as instituições do município, os parceiros estaduais, trazer a sociedade de maneira organizada para debater esse assunto, e juntos tentarmos traçar as melhores estratégias no sentido de dar um atendimento especializado à essas pessoas que mais precisam. O Caps está sendo uma forma de nós acolhermos essas pessoas que mais precisam”, relatou o vice-prefeito.
Para o prefeito do município, Cleidson Rocha, o Caps é um instrumento para reforçar o trabalho que já é realizado na atenção básica.
“ Ele é o instrumento que vai acolher as pessoas que tem transtornos mentais, uso excessivo de álcool e outras drogas. Nós estamos muito satisfeitos pois esse é um complemento das ações básicas. Hoje nós estamos com todos os postos de saúde com suas equipes completas, através do programa médico da família estamos com cinco profissionais, e isso nos permitiu deslocar um médico do nosso quadro efetivo para fazer parte dessa equipe multidisciplinar que vai trabalhar no Caps, sendo esse o triunfo de um esforço”, relatou.
Tribuna do Juruá