Os vereadores Anízio Correia (PSB) e os petistas Valdemir Neto e Jota Marronzinho, após reunião com secretária de Saúde Suely Melo e diretores da Maternidade de Cruzeiro do Sul, garantem que a unidade de saúde voltou a realizar atendimentos ambulatoriais e cirurgias não-emergenciais. Eles contornaram uma crise, que culminou em dois boletins de ocorrência na Delegacia Geral de Polícia, e exigiram soluções para os problemas administrativos e estruturais.
Preocupado com o atendimento da população, que em sua maioria não possui dinheiro para fazer consultas particulares, Anízio Correia destacou a intervenção dos parlamentares. “É certo que esse papel é dos deputados estaduais, porém, não podíamos ficar de braços cruzados diante daquela situação”, disse ele, assegurando que, a partir de
julho, toda os problemas estarão resolvidos. “Não é só reivindicar melhorias. É preciso buscar mecanismos que possam solucionar os problemas”, acrescentou.
O parlamentar disse, ainda, que interesses econômicos e pessoais jamais podem se sobrepujar à prestação dos serviços públicos. “Quando essas mulheres não encontram a disponibilidade desses serviços na maternidade, a quem elas vão recorrer? Aos consultórios e às clínicas particulares. Isso não é justo”, protestou Correia, que também informou a existência de uma nova escala de plantão, elaborada pelos próprios médicos.
Na semana passada, outro grupo de vereadores constatou uma série de problemas na unidade. No relatório, eles detectaram que o sistema de refrigeração não funcionava, torneiras e bebedouros estavam danificados, mesas de parto eram emprestadas, aparelhos de raios-x funcionavam parcialmente, lâmpadas queimadas, falta de material cirúrgico, aparelhos de esterilização inutilizados, além da falta de médicos.