A capacitação foi ministrada pelo Ifac
Através de aulas ministradas no laboratório Móvel do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), 15 mulheres de pescadores recebem durante dois dias uma oficina de processamento de pescado. O trailer do Ifac foi levado até a Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul, para facilitar o acesso dessas mulheres à capacitação.
Essa já é a 2ª turma formada na oficina. A capacitação tem a duração de 16 h, trabalhadas de forma intensiva. Durante as aulas as mulheres aprendem a aproveitar o peixe de diversas formas. A senhora Vilanir de Souza participou do curso, e já aprendeu a técnica do corte borboleta e ainda filetar o peixe.
“ Tinha algumas pessoas aqui que não sabiam nem mesmo ticar o peixe, e agora já tiram é todo o filé. A gente vai aprendendo a fazer o que não sabia. Aprendi o corte borboleta, a tirar o filé, e ainda outras coisas”, falou a aluna Vilanir Fonseca.
A oficina é aplicada na teoria e na prática, onde as pescadoras aprenderam a realizar a reestruturação e criação de novos alimentos, como o peixe defumado, filetado, subprodutos como o fishbúrguer, a cafta, além de técnicas de manipulação, higiene, embalagem e conservação de pescado.
“O curso visa o aproveitamento total do pescado, as mulheres estão acostumadas a fazer ele frito, cozido, e com a capacitação nós ensinamos a preparar vários formas de utilização, onde não se perde nada, se aproveita todo o peixe”, explicou a professora do Ifac Viviane Fonseca, responsável por ministrar o curso.
Segundo o diretor do Ifac, Cristiano Ferreira, os cursos são levados para áreas rurais como forma de extensão dos trabalhos desenvolvidos pelo Ifac. O trailer do Instituto serve para levar as capacitações a qualquer lugar, além de servir como laboratório de pesquisa móvel.
“ Esse é um laboratório móvel de processamento de pescado, que tem como objetivo levar para comunidade essa oportunidade de formação e aperfeiçoamento para trabalhar na área de processamento de pescado. Várias atividades podem ser desenvolvidas, tanto na área de processamento, como descamação e até na produção de subprodutos do peixe”, relatou o diretor.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery