A Operação Ágata, coordenada pelo Governo Federal através do Ministério da Defesa e da Justiça, e colocada em ação pelas forças armadas e estado, chega em sua 8ª Edição em 2014. Desenvolvida em toda área de fronteira do Brasil, a operação contempla também com as ações a área de Cruzeiro do Sul (AC) na fronteira com o Peru.
Militares do 61º Batalhão de Infantaria de Selva em conjunto com a Agência Fluvial da Marinha, Policia Federal, Policia Militar, Policia Civil e ICMBio iniciaram no dia 10 de maio o desenvolvimento das ações que tem como objetivo coibir delitos transnacionais fronteiriços e ambientais.
A atuação do 61º bis é volta especialmente ao combate ao tráfico de drogas e ao desmatamento. Os militares estão realizando ações fluviais em três localidades distintas, no rio Amônia, Rio Paraná dos Mouras e Rio Môa, atuando com o levantamento e fiscalização de documentação de embarcação e tripulantes, e ainda fiscalizam os produtos que são transportados pelos ribeirinhos nos rios. De acordo com o comandante as ações estão sendo realizadas principalmente nas áreas onde o número de denuncias quanto à realização de delitos transfronteiriços se dá com maior freqüência.
“Esse ponto não é totalmente fixo, ele tem permanecido lá, de vez em quando essa embarcação sai, faz um patrulhamento fora e retorna para esse ponto, pois Paraná dos Mouras é uma das rotas onde existe o tráfico de drogas, e nós estamos ali”, explicou o comandante do 61º Batalhão de Infantaria de Selva, Tenente Coronel Magioli.
Já na área de mata fechada e em algumas localidades rurais os militares estão realizando monitoramento a pé e ainda sendo infiltrados de helicóptero em áreas que podem acontecer possíveis crimes ambientais, como desmatamentos. Uma equipe foi infiltrada na Comunidade Velho Chico, situada no Parque Nacional da Serra do Divisor, onde permaneceram por 48 h. Outra equipe atua em outra localidade distinta, acompanhada de policiais militares, realizando mandados de busca e apreensão.
“Se a gente descobre o local exato onde eles estão a gente apreende o maquinário ou destrói se não poder apreender, mas a ação ilícita é interrompida”, disse.
Durante a operação está sendo levado também atendimento médico, através dos Acisos, para a Comunidade Rio Azul.
Tribuna do Juruá