Esperar!! É isso que fazem os pacientes do CAPS 2 – Centro de Atenção Psicosocial de Cruzeiro do Sul quando buscam se consultar e receber medicamentos.
Esperam em longas filas para serem atendidos por apenas dois médicos que atuam no local, esperam para receber os medicamentos para validar o tratamento a que se submetem. E é nessa última espera onde o sofrimento para os pacientes é maior. É que os medicamentos que deveriam ser destinados gratuitamente por meio da Central de Medicamentos do Estado não é suficiente para a demanda que atualmente é quase de 6 mil pacientes.
A autônoma Maria José Nascimento que tem uma filha portadora de doença que se enquadra em transtorno grave, reclama que por várias vezes chegou com a receita passada pelo medico do CAPS 2, na farmácia do local, e não ter o medicamento indicado, “ o remédio é muito caro e as vezes tem que comprar mesmo assim, porque sempre não tem aqui na farmácia , a gente vem uma, duas vezes, e nada….. fica difícil pra gente que não tem condições.”
A paciente Nágila de Paula destaca que a necessidade de mais médicos também é urgente para o local, “as vezes a gente chega aqui de manhã e só sai a tarde, por que só tem dois médicos para atender e são muitos pacientes.”
Segundo o gerentes administrativo do CAPS 2, Paulo Roberto Barrozo, todo esse problema foi gerado a partir do momento em que o Centro deixou de atender somente a demanda de Cruzeiro do Sul, mas virou referencia para os municípios o Vale do Juruá e inclusive de dois municípios do Amazonas, Guajará e Ipixuna, “Quando a gente atendia só Cruzeiro do Sul, os remédios que vêem da Central de medicamentos do Estado, era suficiente para a demanda que era de quase 3 mil, mas agora já não dá mais, pois temos quase 6 mil pacientes”, destacou.
O gerente administrativo enfatiza ainda que o CAPS foi criado para atender apenas casos de transtornos graves, porem além desses, casos leves e inclusive de outras competências são encaminhados para o local pelas unidades básicas de saúde do município.
De acordo com a farmacêutica do CAPS, Sônia Aparecida toda essa problemática que é fato, da ausência de medicamentos para atender a alta demanda de pacientes da unidade, já foi comunicado para Rio Branco, para a Central de medicamentos do Estado, e aguardam que as providencias sejam tomadas já para o inicio do ano de 2012.
Tribuna do Juruá – Luciana Teixeira