O 1º de Maio em Cruzeiro do Sul, dia do trabalho, foi marcado por um manifesto realizado pelas pastorais da Igreja católica do município junto com alguns grupos de trabalhadores. Muitos indígenas, fazendo parte do Conselho missionário Indíginista, também mostraram seu repúdio em relação a exploração de petróleo nas aldeias.
O grupo percorreu as principais ruas do centro da cidade, saindo da Ponte sobre o Rio Juruá, em direção à praça de táxi e em seguida se direcionaram ao cáis da cidade, onde o evento foi finalizado.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre, Valdenísio Martins, o dia do trabalho não é apenas de comemorações, ainda existem muitas lutas a travadas e vencidas.
“Infelizmente nós temos o dia do trabalho que não pode ser apenas festivo. Hoje é um dia para mobilização , para reflexão, para que os trabalhadores possam refletir sobre seus direitos que estão sendo dilacerados pelos empregadores, e também para sensibilizar a dignidade dos trabalhadores”, disse o sindicalista.
Os índios participaram em maior número de pessoas da manifestação. Enfeitados e com seus instrumentos musicais eles manifestaram o repúdio em relação a saúde precária e a exploração do petróleo que deve acontecer nas áreas de suas moradas.
“Nós estamos nesse movimento pois nós queremos uma audiência pública, pois nós não estamos sendo comunicados. No caso da saúde que os recursos possam ser investidos com transparência”, falou a indígena da etnia Nukini, Maria Valdenice Silva.
Tribuna do Juruá