Estrangeiros estão sem internet, telefone e se alimentando diariamente à base de quentinhas.
Universitários vieram do Peru há duas semanas para estudar no Campus Floresta. Eles denunciam a falta de internet, telefone, alimentação na base da quentinha e já estão sofrendo problemas de saúde sem saber a quem recorrer.
Oito dos 16 estudantes que vieram do Peru através do intercâmbio estudantil com o Acre, estão em Cruzeiro do Sul, hospedados na casa do estudante, que apesar de pertencer a Ufac, fica a cerca 9 quilômetros do campus.
Os jovens informaram que estão há duas semanas isolados, sem receber uma visita e sem ter uma referência de alguém que possa lhes dar um auxílio. Três dos universitários apresentam problemas de saúde, por ainda não ter se adaptado ao clima do Acre e mesmo assim, não recebem orientação, ou auxílio para procurar um médico ou encontrar uma farmácia.
Tudo é muito novo para o grupo estrangeiro. As primeiras palavras em Português ainda são ensaiadas. Para ir ao supermercado recebem ajuda de colegas brasileiros da universidade. Os estudantes de Cruzeiro do Sul, do curso de espanhol estão revoltados com a situação de descaso da Ufac e do Governo do Estado, que fizeram muitas promessas ao Governo Peruano.
Penalizados com a situação, os brasileiros já chegaram a fazer vaquinha, para comprar uma alimentação diferente para os estudantes peruanos que recebem quentinhas para se alimentar, sempre o mesmo cardápio.
Para chegar ao Campus Floresta, os universitários dizem que dependem do horário dos índios que são conduzidos no mesmo ônibus. O grupo lembra que os brasileiros que estão em Pucalpa têm direito a internet, telefone, dormidas confortáveis, transporte e pessoas para acompanhá-los e uma boa alimentação.
Tentamos ouvir a universidade, mas a superintendente do campus estava ausente e um professor que se encontrava em reunião, não retornou a ligação.