O presidente da União da Juventude Socialista (UJS) no Acre, Francisco Panthio, é um ardoroso crítico da falta de políticas públicas adequadas para a juventude no governo petista. Para ele, faltam investimentos para os jovens não caírem no mundo da violência. “A juventude deve fazer algumas reflexões e questionamentos, pois as políticas públicas estão cada vez mais decadentes” disse ele, referindo-se às três esferas de poder.
Apesar de destacar “avanços nos campo nacional”, exemplificando com os programas ProUni, Fies, Pronatec, a aprovação do Estatuto da Juventude e a melhoria do ensino técnico, Panthio críticas as ações voltadas à juventude do Acre, baseando-se em indicadores. “É só observar os dados estatísticos de qualquer penitenciária do Estado, onde a maioria dos presos são jovens entre 18 e 30 anos”, declarou, ressaltando que a maioria dos crimes é por tráfico de drogas.
Nos municípios, o ativista defende a criação de Conselhos Municipais de Juventude, a seu ver imprescindíveis para a elaboração e definição de políticas públicas. “Na maioria das cidades não existem e onde existem não são consolidados. As prefeituras não instituem Pastas de juventude, enfim, há uma negligência sem tamanho com este segmento que é cada vez maior no Estado”, argumentou o militante.
Ele quer mais ações de esporte e cultura, que na sua avaliação estão sendo reduzidos. “Se você olhar a gestão atual, quase todas as áreas de governo têm um programa de destaque, mas quando você olha para a juventude, o maior destaque são os das páginas policiais”, criticou. Nos bairros existem entre 10 a 15 bares e botecos, enquanto, dificilmente, conseguimos encontrar uma área decente de lazer, uma casa de leitura, uma praça de convivência que possa oferecer oficinas de música, teatro, danças, ou um centro de formação profissional”, concluiu Francisco Panthio.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal