Até pouco mais de uma semana nenhum caso de dengue, contraído no próprio município, havia sido registrado em Cruzeiro do Sul. Mas na última semana dois casos já foram confirmados e registrados como provenientes da própria cidade, sendo que as pessoas infectadas não tinham saído do município nos últimos meses.
Os dois casos foram apresentados em duas mulheres do bairro do Cruzeirão. Cleiciane Silva Barros é uma das primeiras vitimas da dengue no município, ela começou a sentir os sintomas a cerca de sete dias, e foi orientada por um parente a fazer o exame de dengue.
“Eu pensei até que fosse sarampo devido a coceira que estava dando no meu corpo, ficava toda vermelha. Mas meu tio que mora em Rio Branco disse que esse era um dos sintomas da dengue, e então eu fiz o exame em um laboratório e deu positivo. Fazia tempo que eu não saiu daqui de Cruzeiro”, explicou a mulher.
Cruzeiro do Sul atualmente apresenta o índice de infestação predial (número de mosquito transmissor da dengue) maior do que mesmo em Rio Branco. Além do bairro do Cruzeirão outros 12 estão com um grande foco do mosquito, entre eles estão: Santa Terezinha, Escola Técnica, Remanso, Centro, Telegrafo, 25 de Agosto, João Alves, Cemitério, Sanacre, Saboeiro, Copacabana e Cobal.
Os serviços de combate à dengue que eram de responsabilidade do estado passaram recentemente para o município, que já está tomando as medidas cabíveis em relação aos casos apresentados.
“Nós já estávamos em total atividade mesmo antes do registro desses casos em Cruzeiro do Sul, agora intensificamos ainda mais. É importante que cada morador também tome consciência da gravidade dessa doença e possa realizar as ações de prevenção”, falou o supervisor de combate a dengue ErinildoAlves.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, onde o Aedes Aegypti (mosquito transmissor da dengue) é propício a se proliferar. Os agentes de combate à doença já estão em campo realizando borrifações e orientações junto à população. Mas ao sentir qualquer sintoma deve-se procurar as unidades de saúde e não tomar nenhum tipo de medicamento. O exame é coletados nos postos e enviado para Rio Branco, sendo feito acompanhamento médico nesse período.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery