Marechal Thaumaturgo é um município pequeno, isolado por via terrestre. Cortado pelos rios Amônia, Tejo e Juruá, a cidade tem quase 15 mil habitantes e a fama de produzir um feijão de excelente qualidade. Por causa de excesso de chuva, a produção deste ano teve uma queda de 30%. Com a acentuada queda, o preço do produto subiu e já começa a falta nas prateleiras dos supermercados de Cruzeiro do Sul.
O vice-presidente da Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores rurais de Cruzeiro do Sul, Antonio Azevedo, lamenta a perda e pede apoio do poder público para minimizar os prejuízos. ”Queremos sementes e mais apoio no escoamento da produção”, pediu ele. As comunidades mais afetadas pelo fenômeno climático foram: Belfort, Amônia, Foz do Bagé de Baixo, Foz do Breu, Restauração e Triunfo.
O município ainda não é o maior produtor de feijão por falta de estrutura, mas já produz a maior variedade de tipos. São 14 ao todo. As variedades de feijão mais apreciadas são o quarentão, manteiguinha, peruano e mutubim. “Aqui o solo é mais apropriado, temos sementes boas e o povo gosta de plantar”, assim avalia o presidente da Cooperativa dos Sonhos de Todos (Coopersonhos) Antonio Maceno dos Santos, acreditando que a queda na produção é um fato atípico.
“O feijão é o produto que mais garante renda. Esse é o nosso sonho se tornando realidade. A gente vai ver o feijão produzido sair daqui empacotado, com o nosso nome, e vamos ter uma vida melhor. É isso que queremos: condições de trabalhar”, declarou Macena. A previsão é que a safra deva ser normalizada a partir de maio de 2014, época da colheita.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal