Aos poucos a bebida que remete ao tempo de criança está tomando o gosto dos cruzeirenses, que para driblar as altas temperas, se deliciam com a nova sensação.
Quem não conhece a tal raspadinha?! Uma bebida bem gelada, para não dizer praticamente congelante, saborizada com um xarope ou sucos variados.
Enquanto, a novidade chega à população com sabor de quero mais, para Evanildo da Silva, o “sorvetinho” de água solidificada é também fonte de renda.
Por 10 anos, o autônomo tentou a sorte da capital acreana. Mas, a saudade da família o fez retornar a terrinha e tentar reconstruir a vida com a novidade já bastante conhecida em Rio Branco.
A volta para cá trouxe grandes mudanças. Começando pelo local de trabalho. Lá trabalhava em um frigorífico, em uma temperatura abaixo de zero. E agora estou aqui no meio desse sol quente vendendo raspadinha. Porém, aqui tenho casa própria, sonho que durante todos os anos que vivi em Rio Branco alimentei e nunca se tornou realidade”, contou Evanildo que vende 70 raspadinhas a R$ 1 cada uma todos os dias.
Há três meses, o autônomo de 35 anos, retornou à Cruzeiro do Sul e continua a traçar planos para o futuro junto a família.
Dessa vez, mais firme e muito mais saboroso, semelhante a já reconhecida “raspadinha’, que além de agradar o paladar, ainda redescobre lembranças no verdadeiro sentido da infância, que hoje anda muito mais curiosa que inocente, como antigamente.
Tribuna do Juruá – Dayana Maia