Mulher de 56 anos viajou por mais de 6h de barco e ficou largada em uma calçada do porto de Cruzeiro do Sul.
Dona Raimunda Paulino de Souza veio de uma comunidade do Baixo Juruá, depois de se sentir mal. Ao chegar ao porto, o cunhado dela, Francisco Braz pediu ajuda para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Segundo ele foram informados de que tinha apenas uma ambulância em funcionamento e o caso da mulher não era emergência, recebendo inclusive a sugestão do atendente de que se a família quisesse atendimento procurasse um carro particular.
A mulher permaneceu embrulhada com um cobertor em uma calçada, sob um forte sol. A cena causou comoção em algumas pessoas que insistentemente passaram a ligar para o SAMU. A equipe médica depois de 5 horas, segundo a família, decidiu resgatar a trabalhadora rural que foi conduzida ao Pronto Socorro.
A família reclamou ainda que o médico do SAMU, ágil com ignorância no momento de prestar socorro a paciente.
O médico conhecido por doutor José que prestou atendimento a mulher, disse que a ocorrência não foi atendida de imediato porque não se tratava de uma emergência, mas confirmou que nesta sexta-feira tinha apenas uma ambulância para atender todas as ocorrências na cidade.
Ainda segundo o médico, o caso só foi atendido pelo SAMU, porque estava se tornando uma comoção social, serviço que não é de competência do SAMU.
www.tribunadojurua.com – Francisco Rocha