Depois de várias audiências públicas em Rio Branco, intermediações no Ministério das Cidades e reuniões com equipes técnicas da Caixa, líderes sindicais e a deputada Perpétua Almeida (PC do B) estão conseguindo retirar os “gargalos” que impedem a realização de financiamentos de imóveis rurais. Cerca de 200 agricultores, sindicalistas e a parlamentar estiveram reunidos hoje (22), em Cruzeiro do Sul, e anunciaram a desburocratização.
“Esse é dos melhores programas que eu tenho conhecimento”, declarou o gerente regional da Caixa, Antônio Maciel, referindo-se ao valor mínimo do empréstimo e a forma de pagamento parcelado. São mais de 700 trabalhadores rurais cadastrados, cuja maioria não possui título definitivo da propriedade, entre outros impedimentos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Cruzeiro do Sul, ‘João Todo Feio’, agradeceu a luta de Perpetua Almeida e informou sobre os passos para o financiamento: “O Agricultor precisam da declaração do sindicato e um comprovante de renda expedido por nós”, disse o sindicalista, acrescentando que os agricultores residentes em agrovilas e filhos agregados também têm direito ao financiamento.
O que é o PNHR
O Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) é uma iniciativa que integra o programa Minha Casa Minha Vida, criado pela necessidade de uma política habitacional que atendesse às especificidades da moradia no campo.
Para famílias com renda anual de até R$ 15 mil, o valor do subsídio, com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), é de até R$ 28,5 mil para construção, e de até R$ 17,2 mil para reforma. Cada família devolve à União 4% do valor subsidiado, em quatro parcelas anuais (1% por ano menos 96% do valor total do projeto é subsidiado).
As propostas devem ser apresentadas à Caixa por intermédio de uma entidade organizadora, sem fins lucrativos, com no mínimo quatro e no máximo 50 famílias por grupo. As famílias beneficiadas pelo PNHR recebem ainda, capacitação técnica e orientação sobre gestão da propriedade rural, melhoria das moradias, cooperativismo, participação da mulher na gestão da propriedade e ações que visem à permanência do jovem no campo.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal