Um grupo de seis vereadores intermediou uma série de conflitos entre assessores da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) e integrantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). A direção do Hospital Dermatológico estava impedindo as internações, o que motivou mobilizações e protestos. Ontem (10), em reunião realizada na Câmara Municipal, a equipe técnica do governo estadual se comprometeu em atender as reivindicações dos doentes.
A assessora técnica da Sesacre, Adriana Evangelista, disse que a nova unidade passará ao regime de hospital-dia, a partir da segunda quinzena de maio, e garantiu que as internações serão diuturnamente. Ela também se comprometeu em disponibilizar dois leitos e duas enfermarias. Com parte das exigências atendidas, os integrantes do Morhan aceitaram as mudanças que estão sendo feitas na estrutura do prédio.
“Pela proposta firmada, os hansenianos terão prioridade no recebimento das fichas para consultas médicas, além da possibilidade de internações mediante as suas necessidades”, explicou o presidente da Câmara Municipal Romário Tavares (PSDB), acrescentando que “prevaleceu o bom senso”. A nova unidade funcionará das 07 da manhã até 19 horas, horário de maior fluxo no atendimento.
Além das demandas rotineiras, o hospital-dia oferecerá atendimento especializado a pacientes portadores de doenças tropicais como malária, leishmaniose, dengue, entre outras. “Os vereadores estão satisfeitos com as propostas apresentadas, mas, caso o acordo não seja cumprido, buscaremos as vias legais para solucionar o problema”, declarou Tavares.
Assessoria, fotos Mário Jorge