O que está levando estudantes cada vez mais jovens a praticarem atos violentos? E até que ponto a desestruturação familiar pode influenciar no processo de desconstrução da verdadeira personalidade dos indivíduos?
A violência escolar ocorre, muitas vezes por motivos banais, na grande maioria iniciada com uma simples discussão entre alunos, mas que acabam gerando agressões físicas e psicológicas em ambas as partes.
Em Cruzeiro do Sul mais uma ocorrência envolvendo estudantes foi registrada pela Polícia. Nessa terça-feira, 03, um estudante, de 14 anos entrou na escola portando uma faca. Ele pretendia ferir um colega, também menor de idade.
Uma rixa antiga teria levado o garoto a planejar o ataque, que foi impedido depois que a direção da escolar percebeu que o estudante estava armado. O menor foi apreendido e conduzido a Delegacia, acompanhado de Conselheiro tutelar.
Fatos como este, trazem à tona a problemática da Violência Escolar e o reflexo de uma desestruturação familiar enquanto fator fundamental para ocorrências como esta.
As agressões praticadas por crianças e adolescentes no ambiente escolar estão, na maioria das vezes, intimamente ligadas à vida social das famílias, tanto do agredido, quanto do agressor.
Uma família bem estruturada tem menos chances de ter um filho envolvido em brigas escolares e, posteriormente, em crimes. É uma questão de moralidade. Por isso, a Educação precisa começar em casa.
De modo, que a prática da violência dentro de casa também tende a refletir na conduta comportamental em outros ambientes. Assim, uma criança agredida terá mais chances de se tornar agressiva no futuro.
Logo, é preciso eliminar a agressividade desde a infância, para quem durante a adolescência principalmente (momento em que ocorrem mudanças de personalidades), resquícios de possíveis traumas não resultem em atos hostis e até violentos dentro das escolas.
Tribuna do Juruá – Dayana Maia