Aos 18 anos, José Barros da Silva, o Zezinho Barro, deixou Exu (PE) e rumou para São Paulo a fim de tentar a carreira artística. De estilo romântico, gravou seu primeiro disco em 1985, um compacto simples. Em 1989, lançou seu segundo disco, com destaque para a música “Gosto de mel”. Conheceu em seguida os radialistas Paulo Barbosa e Zé Lagoa, que deram impulso a sua carreira.
Em 1997 estoura com o CD “Seresta Vol. I”. Pelas 140 mil cópias vendidas, recebeu disco de ouro no programa Ratinho. Cantor e compositor consagrado em todo o Brasil e até no exterior, Zezinho Barros confessa que já ganhou um bom dinheiro nos seus 30 anos de estrada. “Tenho 22 dois discos gravados, pré-contratos com as maiores gravadoras do país e uma carreira bem sucedida”, disse ele, sem transmitir nenhuma jactância.
O jeitão simples do artista o aproximou do seu publico. Definindo-se como cantor de músicas românticas, ele não se importa em ser chamado de brega. “O Cristiano Neves é brega? Ele compôs a música cicatriz, de minha autoria, que é sucesso em Portugal, na Colômbia, no Suriname e nas Guianas”, contestou, informando que faz cerca de 20 shows mensais.
Zezinho Barros se apresentou em Cruzeiro do Sul no último dia 27. Ele volta ao palco hoje em Guajará, amanhã em Ipixuna, sábado em Tarauacá e fecha no domingo em Sena Madureira. Quanto indagado sobre os motivos de sua empatia com público, o cantor nem titubeia: “é preciso respeitar o público. Quem dá o limite para o artista é o povo, que é a voz de Deus”, filosofa ‘o rei do pop brega’.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal