Em reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, os deputados Marcio Bittar (PSDB), Perpétua Almeida (PC do B), Flaviano Melo (PMDB) e Antonia Lúcia (PSC) pediram para que seja incluída, em caráter de urgência na pauta de votação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 556/2002, a chamada PEC dos Soldados da Borracha. A proposição ficou agendada para o dia 18 de setembro. São mais de 10 mil beneficiários na Amazônia, dos quais cinco mil estão no Acre.
A proposta concede aposentadoria especial aos soldados da borracha, a exemplo do que já ocorre com os ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, os chamados pracinhas. Pelo texto, que encontra resistência do governo federal, os benefícios previdenciários da categoria seriam ampliados, passando dos atuais R$1.356,00 para R$ 4.500,00, entre outras vantagens.
Soldados da borracha, que são reconhecidos como Heróis da Pátria, foi o nome dados aos brasileiros que entre 1943 e 1945 foram alistados e transportados para a Amazônia com o objetivo de extrair látex para os Estados Unidos da América (Acordos de Washington) na II Guerra Mundial.
Estes foram os peões do Segundo Ciclo da Borracha e da expansão demográfica da Amazônia. O contingente de soldados da borracha é calculado em mais de 50 mil, sendo na grande maioria nordestinos e, por sua vez, cearenses.
Depois de alistados, examinados e dados como habilitados nos alojamentos em Fortaleza, recebiam um kit básico de trabalho na mata, que era constituído de: uma calça de mescla azul, uma camisa branca de morim, um chapéu de palha, um par de alpercatas, uma mochila, um prato fundo, um talher (colher-garfo), uma caneca de folha de flandes, uma rede e um maço de cigarros Colomy.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal