A Presidenta Dilma Rousseff tem razão: as obras da BR-364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, foram malfeitas e o dinheiro destinado à rodovia foi mal aplicado.
Bastou a chuva deste sábado, 22, para que o trecho entre Manuel Urbano e Feijó ficasse intrafegável, com vários pontos de atoleiros.
Num espaço de mais de três quilômetros a cena vista na rodovia usada como trunfo na campanha do candidato do PT a prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, tido pelos petistas como o “pai da obra”, era a mesma: carros e caminhões atolados.
“Tá complicado o negócio por aqui. E eu que pensava que a BR tava boa, como andam dizendo. Vi na TV antes de vir pra cá que tava tudo asfaltadinho e pensei que era verdade”, diz decepcionado o motorista João Mariano da Silva, ao lado de seu caminhão atolado.
Alguns caminhoneiros e o motorista do ônibus da empresa Transacreana, que faz a linha entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul evitaram prosseguir viagem no momento da chuva.
“Tô vindo de Rondônia. Tem buraco na BR até Rio Branco, só que essa parte aqui no Acre tá horrível. Só vou continuar quando acabar a chuva e secar a estrada senão fico aqui”, diz o caminhoneiro Laércio Souza de Araújo.
O trecho do atoleiro foi inaugurado no ano passado durante uma grande festa com a presença de toda base do governo na Assembleia, secretários de estado, os senadores do PT e o governador Sebastião Viana, que prometeu que imagens como as presenciadas pela reportagem de ac24horas nunca mais seriam vistas na BR.
No programa eleitoral do PT, a BR-364 é usada para aferir a competência do petista Marcus Alexandre, que como diretor geral do Deracre foi o executor das obras da rodovia nos últimos seis anos, durante os governos de Binho Marques e Sebastião Viana.
Luciano Tavares, da BR-364, em Feijó-AC