Somente num dia, cerca de 30 mil reais foram perdidos devido a falta de energia
Os apagões que vem acontecendo nos últimos dias, poderão ter consequências catastróficas para os criadores e empresa que realiza o abate de aves na cidade de Brasiléia. Neste ano que finda, se pode dizer que a perca pode chegar aos 15% do lucro, e quem perde mais, é o homem do campo.
Sem uma melhoria que poderá chegar apenas em dois anos, a energia mais cara do norte do Brasil, juntamente com o Programa Luz Para Todos, vem dando prejuízo, ao contrário do que se esperava pelo governo do Acre, quando instalou diversos criadouros de aves em zonas rurais do Estado.
Somente nesta quarta e quinta-feira, diversos apagões atingiram a regional do Alto Acre, e com isso, esse criadouros deixaram de ligar seus ventiladores por diversas horas. Com a alta temperatura, os pequenos frangos não suportaram o calor sufocante e morreram aos montes.
Nesse patamar, somente no Polo Wilson Pinheiro onde existe cerca de 30 criadores, quase 10 tiveram percas que vão afetar a renda e abastecimento nos próximos dias. Segundo os criadores, esses picos vem acontecendo com frequência e já se pensa na desistência do negócio.
Nestes dias de pico, cerca de 4000 aves morreram. Colocando em prática, foram uma média de 500 para criador que deixa de render ao menos, algo próximo a R$ 1000 reais para o homem do campo que deixou de investir na agropecuária sem destruir a selva e sustentar sua família.
Já para o produtor final que investe muito para receber o frango gerando emprego, entre outros gastos, o prejuízo é ainda maior. Segundo a empresa Acreaves que recebe os animais, somente nesta quinta-feira (01), o prejuízo chegou a R$ 28.726,74.
Para o criador, ao invés de receber cerca de R$ 1000 reais por lote, isso sem falar que irão ficar devendo para a cooperativa onde todos possuem contrato de abastecimento, além de ter que pagar a conta da energia do mês que deveria dar algum lucro, mas lhes causou prejuízo.
Para Juarez Coelho da Silva, morador e criador no Polo Wilson Pinheiro, “Não estamos mais suportando essa situação, quase todo dia acontece esses apagões. Nesta quarta-feira (31), a luz apagou por volta das 11 horas e somente voltou às 9 da noite. Daí já era tarde e os animais já haviam morrido”, relatou.
Já para Ronaldo Lira, que perdeu mais de 700 aves, “Estamos começando a pensar em desistir do negócio. Já havia pensado em crescer o criadouro, mas dessa forma está difícil. Quero ver quem vai arcar do o prejuízo e não temos esperança nenhuma disso passar”, desabafou.
A empresa Acreaves que disponibilizou um caminhão para recolher as aves mortas, disse que já comunicou o fato às autoridades na Capital. Segundo eles, que foram comunicados através da Eletrobrás, somente com a instalação de um transformador na fronteira, esses apagões irão acabar. Tal aparelho já foi encomendado, mas, irá demorar cerca de dois anos para ficar pronto.
Segundo os diretores, caso esse imprevistos continuem, não poderão arcar com prejuízos dessa forma poderão fazer até pense em fechar as portas da empresa. Com isso, serão muitos empregos diretos e indiretos desfeitos, além de prejuízos incalculáveis ao Município que deixa de participar no desenvolvimento do setor industrial.
Fonte: oaltoacre.com – Alexandre Lima, de Brasiléia (AC)