O corpo do jornalista Jorge Said, de 43 anos, foi sepultado no fim da tarde desta segunda-feira, dia 15, no Cemitério Morada da Paz, na região do Bairro Calafate, em Rio Branco. Said teve complicações cardíacas na noite de ontem, 14, e após quatro paradas cardíacas, não resistiu e acabou morrendo no Pronto Socorro de Rio Branco.
Antes de o corpo de Said ser colocado no túmulo, bastante emocionada, a jornalista Jane Vasconcelos fez uma breve homenagem ao colega de profissão. Para ela, Jorge foi “um presente de Deus muito bom para as nossas vidas. Guardemos na nossa memória as coisas boas, as lembranças boas. O Said nunca nos deixava errar. O Said era um presente que veio de Deus”, comentou Jane antes de fazer uma oração pela alma de Jorge Said.
Um dos irmãos de Said, que chegou no início da tarde de Cruzeiro o Sul, falou um pouco sobre a morte do jornalista. Para ele, se cumpriu “a passagem dele pela terra. Todos nós temos que passar um tempo nessa terra, e depois esse tempo acaba e o do Jorge acabou. Ele começou em Cruzeiro do Sul, no rádio, e depois esteve em Manaus [capital do Estado do Amazonas], e depois também trabalhou em rádios de Rio Branco”, lembrou.
Ao finalizar a fala, o irmão de Jorge Said disse que “temos que honrar a Deus pela vida dele. Ele teve o sucesso que merecia. Ele lutou para ter esse sucesso. Ele conseguiu completar a missão dele aqui na terra”, afirmou o irmão ao agradecer as palavras de carinho dos amigos presentes no enterro.
Também emocionada, a filha do jornalista, Lara Said, disse que o pai estaria, certamente, muito feliz com a presença de tantas pessoas no local. “Meu pai era amigo de todos vocês. De cada um ele era amigo de uma forma diferente, do seu próprio jeito, eu sei disso”, afirmou.
A MORTE
Antes de morrer, Said teria passado mal, ainda na noite de domingo, 14. Ele procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, onde teria recebido atendimento médico. Visto o grave estado de saúde do jornalista, Said foi transferido para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB) onde, ainda na Emergência, no aguardo de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade, acabou morrendo.
Durante pouco mais de 10 horas de velório, o corpo de Jorge Said recebeu centenas de visitas. A cerimônia fúnebre contou com a presença de jornalistas, políticos, empresários, e familiares. O senador Jorge Viana (PT), acompanhou o velório e o enterro de Said. Ele chegou a carregar o caixão do jornalista.
O presidente da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), também participou da cerimônia fúnebre. Por mais de uma hora, Ney Amorim (PT), falou com colegas e familiares. Na maior parte do tempo, esteve ao lado de Jorge Viana e a empresária Charlene Lima.
Já o senador Gladson Cameli (PP), fez uma rápida visita ao velório. Entre chegada e saída, foram menos de 10 minutos. Acompanhado de assessores, o político conversou com familiares e amigos de Jorge Said.
HISTÓRIA
Natural do município de Cruzeiro do Sul, Said começou cedo no rádio. Com apenas 17 anos, deu o pontapé inicial na carreira e passou a comandar uma programação ainda na cidade natal. Em Rio Branco, o jornalista chegou a trabalhar no rádio, mas teve preferência por programas de televisão.
Não à toa, Jorge passou pelas principais emissoras de TV do Acre: Além de trabalhar na Rede Amazônica como repórter, Sais comandou telejornais e programas de entrevistas com personagens importantes da história recente do Acre.
Além de passar pelas TV Gazeta e TV Rio Branco, por último, o jornalista apresentava o Programa do Said na afiliada da Rede Vida, a TV Diocese. Além disso, Said apresentou os programas Gazeta Entrevista e Boa Noite Rio Branco, ambos na capital rio-branquense.