Trabalhadora rural de 52 anos fraturou a perna em um acidente de trânsito no interior de Rondônia. Após ser encaminhada para Porto Velho, esperou 24 horas em uma cadeira de rodas por falta de leitos e ainda teria que aguardar no mínimo, um mês pela cirurgia.
Dona Audelira da Silva, vive hoje uma sensação de alívio na Clínica Cirurgia do Hospital do Juruá em Cruzeiro do Sul, onde está internada desde a tarde de quinta-feira (5). Após o desembarque no aeroporto da cidade, ela seguiu direto para o hospital. Na manhã do dia seguinte, foi submetida ao procedimento cirúrgico para a correção da fratura grave na tíbia (canela) que comprometeu a articulação do joelho. “Se a cirurgia demorasse poderia acarretar em dificuldades para caminhar ou até um comprometimento maior, que seria a impossibilidade de dobrar o joelho”, declara o ortopedista, Fábio Pimentel, que realizou a cirurgia.
A mulher sofreu o acidente no sábado, 30 de abril, em Vilhena, a 630 quilômetros de Porto Velho. Ela foi encaminhada para o Hospital João Paulo II, na capital do estado. “Tinha gente no corredor, no chão em tudo que era lugar. Eu passei 24 horas numa cadeira de rodas esperando que um leito fosse desocupado. O médico disse que eu seria operada num prazo de 30 a 90 dias, a minha filha entrou em desespero e queria que eu vendesse a minha chácara pra pagar a cirurgia. Aí foi quando o marido dela que é de Cruzeiro do Sul, deu a idéia pra gente vir”, explica.
Aliviada após a cirurgia, a rondoniense faz elogios ao hospital no interior do Acre. “Aqui eu fui bem recebida, o hospital é limpo, minha filha também gostou muito e a cirurgia foi rápida. Nossa, bateu um desespero na gente quando disseram lá em Porto Velho que eu poderia ser operada em 30 ou 90 dias”, comenta Audelira.
A trabalhadora rural conta ainda que um médico do Hospital de Porto Velho pediu que ela não revelasse os motivos, que a fizeram viajar para Cruzeiro do Sul.
www.tribunadojurua.com – Genival Moura