Um consórcio formado pelas empresas J. Sabino, Sulatina e Real Móveis venceram um pregão eletrônico nacional, no valor de R$ 2,9 milhões, para fornecer armários para dormitórios, de madeira maciça, para a base da Aeronáutica de Rondônia.
Esta é a primeira vez que empresas do ramo de marcenarias do Acre vencem uma licitação deste poste. A notícia foi comemorada pelo setor e pelos órgãos que há anos vem fomentando a política industrial/ florestal do Acre.
O secretário Edvaldo Magalhães, da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), acredita que esta vitória já é o reflexo dos investimentos que o governo realiza no setor. “O Acre saiu na frente nesta disputa, porque estamos em dias com as questões ambientais, nossa madeira é toda legalizada, nossa mão de obra é de alta qualidade e por ser a madeira maciça mais competitiva”, explica o secretário.
Hoje o Acre possui 70% de suas marcenarias licenciadas, a madeira comercializada é proveniente de Planos de Manejo Comunitários e Privados e a mão de obra é especializada. Instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Sedens promovem cursos de designer, oficinas e feiras nacionais e até internacionais para quem trabalha na área de marcenaria/movelaria.
Todos esses investimentos têm contribuído para o sucesso dos marceneiros do Acre. O Contrato com a Aeronáutica é para fornecer 2.700 metros quadrados de móveis de cedro. O primeiro lote de 350 metros quadrados foi entregue na quarta-feira, 10.
Segundo Francisco Augusto Nepomuceno de Souza, presidente do Sindicado dos Moveleiros do Acre, contratos como esses aumentam a contratação de trabalhadores. “O setor marceneiro passou por períodos críticos, tivemos até que demitir alguns funcionários, mas no último ano, com contratos firmados com o estado, com as compras governamentais, com os investimentos que tivemos na área, principalmente para garantirmos a compra da madeira legalizada, melhorou bastante nossa realidade”, explica.
Jaqueline Teles (Assessoria Sedens)