
Após a suspensão do fornecimento de energia para a Avenida Juruá, na tarde desta quarta-feira (25), os moradores do Bairro Miritizal decidiram interditar o tráfego de veículos na Ponte do Rio Juruá. A manifestação começou no início da noite e os moradores afirmam que só deixarão o local após o religamento do circuito que alimenta as casas. Dezenas de veículos formam uma fila sobre a ponte aguardando a liberação da pista.
A rede de energia que abastece 45 famílias da avenida, que fica às margens do Rio Juruá, foi desligada às 16 horas desta quarta-feira. A Eletrobrás justifica que a água já atingiu o terreno onde ficam os postes e coloca em riscos a população.
Os moradores não aceitaram a decisão da empresa, alegando que em outras regiões, que já estão inundadas, a energia ainda não foi suspensa. “No Polo Naval, onde a água já está com quase dois metros de profundidade, eles ainda não cortaram a energia. E, lá, encostam embarcações grandes que circulam entre os postes. Aqui na nossa rua a água ainda nem chegou direito a atingir os postes” – protestou o pescador José Francisco Rodrigues.
Mais de 100 pessoas participaram da manifestação. Com um cordão, os manifestantes interditaram a passagem de carros. A polícia militar chegou ao local e cortou o cordão. Alguns moradores tentaram evitar, mas foram atingidos com spray de pimenta.
Os motoristas que tentavam seguir pela Variante para pegar a BR 364 ficaram revoltados com a situação. Às 21 horas, dois ônibus com passageiros, que seguiam para Rio Branco, e vários carros permaneciam na fila à espera da liberação do tráfego.
Instantes depois a manifestação foi dispersa, após a polícia militar conversar com os mesmos e negociar a desocupação da ponte. A energia não foi religada, pois ofereceria perigo aos próprios moradores.
Tribuna do Juruá