Exame de conjunção carnal, no Instituto Médico Legal, comprovou crime contra adolescente.
O colono Jacinto Souza da Silva, 36, acusado de molestar a própria filha, menor de 14 anos, foi preso na última segunda-feira, 18, no município de Epitaciolândia (240 quilômetros da capital), na fronteira com a Bolívia.
Na ocasião da abordagem policial, o suspeito tinha a posse de duas espingardas de caça calibres 20 e 28, sem registro. Jacinto Silva foi surpreendido, na noite de segunda-feira, em casa, na Colônia Baixa Verde, Ramal do Prata. Ele foi flagranteado por posse irregular de arma de fogo, porém as declarações da vítima na delegacia revelam que os abusos ocorreram várias vezes, mediante ameaças de morte e o teria sido consumado pela primeira vez em janeiro de 2011.
O exame de conjunção carnal, feito no Instituto Médico Legal (IML), comprovou a versão da vítima, que também sustentou na delegacia que vinha sendo molestada há mais de um ano, quando Jacinto Silva (pai da garota) começou a apalpá-la e proferir ameaças de morte caso contasse de suas taras a familiares ou a polícia.
Ainda na segunda-feira o delegado Sérgio Lopes, ingressou com a representação de prisão preventiva do suposto estuprador. PC aperta cerco contra pedófilo Com a intensificação da repreensão a criminalidade o Governo do Estado através da Polícia Civil tem sido implacável, sobretudo, no combate ao abuso e à exploração sexual de criança e adolescente, com ações cada vez mais intensas acontecendo ordenadamente na capital e interior.
A prisão de Jacinto Silva foi resultado de mais uma dessas ações e demandou empenho e dedicação dos policiais que se deslocaram até a zona rural de Epitaciolândia, em um local de difícil acesso. Em depoimento a vítima contou detalhes dos momentos de terror sofridos nas mãos do próprio pai.
Segundo a menor na madrugada de domingo, 17, Jacinto a obrigou acompanhá-lo até a casa de um vizinho, no trajeto, mediante ameaça de morte, ele abusou da filha por várias horas. Num momento de descuido do agressor a menor conseguiu fugir buscando socorro em uma escola onde estavam algumas pessoas, entre elas a professora da menor e um policial civil. Levada a delegacia, a vítima revelou à autoridade policial as agressões sofridas.
Em um dos relatos a menor conta que a pouco mais de um ano o pai começou assediá-la e constantemente era espionada enquanto trocava de roupa. Preso, Jacinto Silva negou a autoria do crime e disse que no domingo excedeu na bebida alcoólica e não lembra o que aconteceu. Ele foi encaminhado ao presídio estadual Francisco Conde onde aguardará o pronunciamento da Justiça.
Pedro Paulo da Assessoria da Polícia Civil