A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, agora pela manhã (27), a volta do horário antigo do Acre. O relatório, que foi aprovado por unanimidade, segue agora para a Comissão Relações e Exteriores (CRE) e depois vai para apreciação do plenário da Casa. A votação foi adiada na semana passada por causa de um pedido de vistas da senadora amazonense Vanessa Grazziotin (PCdoB /AM).
De acordo com informações da Agência Senado, a expectativa é que até o final deste ano o antigo horário volte a vigorar, isso porque, na emenda da senadora, observar-se-ão separadamente as questões dos municípios amazonenses. “Isso é o resultado da luta de todos os acreanos. Foi dado um passo para que a vontade popular seja cumprida”, declarou o ex-deputado deputado João Correia, alertando para o fato de algum senador pedir vistas na CRE, além de que, no Plenário, a proposta possa ficar “refém” da vontade dos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Jorge Viana (PT), presidente e vice- presidente, respectivamente.
O então senador Tião Viana alterou o fuso horário do Acre para uma hora a menos em relação a Brasília sem a realização de consulta às populações interessadas e diretamente atingidas pela mudança. Ele mudou o horário a pedido de empresários donos de emissoras de televisão, que não querem ter gastos com a gravação de programas, conforme exigência da classificação indicativa do Ministério da Justiça.
A lei eliminou o quarto fuso horário brasileiro, compreendido pela hora de Greenwich menos cinco horas (GMT -5), cuja área territorial no Brasil engloba o estado do Acre e seis municípios do extremo ocidental do Amazonas (Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga), passando para hora de Greenwich menos quatro horas (GMT -4). Ela também modificou o horário do oeste do estado do Pará (18 municípios) da hora de Greenwich menos quatro horas (GMT -4) para hora de Greenwich menos três horas (GMT -3).
Tribuna do Juruá – Jorge Natal