A bancada petista acreana, composta pelos senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz, farão uma visita de “solidariedade” aos presidiários e também petistas José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na próxima quinta-feira (21), onde o ex-ministro, o deputado e o ex-tesoureiro do PT estão presos desde a última sexta-feira (15). Os senadores consideram que os companheiros de partido precisam de “solidariedade” da sigla pela história que representam ao país.
A bancada do PT no Senado é composta por 12 senadores. Todos manifestaram disposição em visitar os réus condenados no mensalão. “A nossa bancada não pode esquecer uma das coisas que é a essência do nosso partido que é a solidariedade, o apoio pessoal, humano e o apoio à família, enfim, na hora que precisa”, declarou o senador Wellington Dias (PI).
Em reunião da bancada realizada nesta terça-feira (19), os senadores petistas também decidiram referendar nota do líder em que ele acusa o STF de agir com “ilegalidade e arbitrariedade” ao determinar a prisão dos três petistas em regime fechado, mesmo condenados ao semiaberto.
A bancada do PT também considera que a prisão dos condenados “em situação precária de saúde viola o princípio da dignidade da pessoa humana, assegurado pela Constituição e pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”. A nota também diz que o STF não pode agir com “dois pesos e duas medidas”, por isso precisa acelerar o julgamento do chamado “mensalão tucano”.
A bancada decidiu esperar a condução das prisões pelo STF nos próximos dias antes de pedir ao Senado a abertura de processo contra o presidente da Corte, Joaquim Barbosa. O líder havia anunciado ontem que o partido se articulava para pedir ação contra o ministro pela decretação das prisões em regime fechado, mas os petistas acharam melhor não criar uma crise institucional neste momento.
O senador Jorge Viana (PT) subiu na tribuna do Senado para criticar Barbosa por ter determinado as prisões no regime fechado. Viana citou o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que teria criticado o envio dos réus para a Papuda. “O que há é a cobrança que seja respeitada a Constituição e a sintonia dessas ações com outros processos que envolvam pessoas de outros partidos, que não tenham tratamento diferenciado”, criticou ele.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal
Com informações da Folha de São Paulo