Vítima foi morta e jogada no mesmo local em que namorado pediu ajuda e para que não ligasse à polícia.
O corpo da estudante Olizângela da Silva Lopes, 17 anos, foi encontrado por volta das 10 horas desta quinta-feira, 11, em uma área fechada do ramal Ribeirágua, na Estrada do Amapá, em avançado estado de decomposição, mas com sinais visíveis de violência sexual e estrangulamento. Roupas, objetos e cabelos estavam espalhados nas proximidades do cadáver. A arcada dentária de Olizângela estava três metros distante do corpo.
O proprietário da chácara, o policial aposentado conhecido como sargento Bispo, é o mesmo a quem Jaisson Bezerra da Silva, 23, havia pedido socorro, na noite do crime.
“Ele bateu na minha porta às duas horas da manhã, dizendo ter sido agredido. Mas quando vi a moto suja de sangue tive intenção de ligar para a polícia. Mas ele me pediu que eu não o fizesse, porque não era o proprietário da moto”, explicou Bispo que informou ter acionado a polícia ao perceber a grande quantidade de urubus num local de mata mais fechada, dentro da propriedade dele.
O delegado Rafael Pimentel, que se preparava para uma busca a ser realizada na manhã de sexta-feira, 12, com base numa informação de que o corpo estava numa chácara na estrada do Amapá, disse que o crime ainda não foi solucionado e que pode envolver mais gente.
“Antes não se tinha a materialidade do crime porque não tinha o corpo. Agora já temos, mas a linha de investigação que estamos seguindo indica a participação de mais duas pessoas no crime”, afirmou.
O crime foi cometido 21 dias atrás, quando a estudante saiu com o namorado, Jaisson Bezerra, para ir à Expoacre. A família de Olizângela desconhecia o fato de que Jaisson se apresentava como Ricardo e que era casado.
As explicações do principal suspeito não convenceram a polícia e Jaisson está preso há mais de 15 dias. Ele informou que após o ato sexual com a estudante, voltou à estrada para pegar a moto e foi agredido por um desconhecido, enquanto aguardava a namorada, ficando inconsciente.
Entre informações não confirmadas e telefonemas anônimos, a polícia trabalha com a possibilidade de uma gravidez de Olizângela e a participação da mulher de Jaisson.
A mãe de Olizângela, Francisca de Assis Rodrigues, 62 — que desde o dia seguinte ao desaparecimento da filha –, não poupou esforços para esclarecer o caso, acompanhou a operação de resgate do corpo. Francisca passou mal e precisou ser socorrida no Pronto Socorro.
Angélcia Paiva, do Site Agazeta.net | Foto: Clériston Amorim , do Site Agazeta.net