O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), chamou atenção hoje (15) para o aumento da massa salarial e crescimento sustentado no Brasil. Em discurso no Plenário, ele lembrou que o salário mínimo está cada vez mais próximo ao salário ideal calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o órgão, o salário mínimo ideal é 2,7 vezes maior que o atual, de R$ 622. Em 1994, o salário ideal era 8,1 vezes maior que o valor pago na época.
“Como, em nossos dias, metade da força de trabalho é feminina, quando, em uma mesma família pai e mãe trabalham, o salário mínimo ideal para cada um fica em R$ 1.165, ou a metade de R$ 2.329, reduzindo ainda mais a relação entre o necessário para suprir as necessidades básicas de uma família e o piso nacional”, disse.
O senador também lembrou que um dos principais responsáveis pelo crescimento dos salários foi o setor da construção civil. Segundo ele, os números relativos a esse segmento, o colocam como carro-chefe do crescimento econômico brasileiro, uma vez que o rendimento real dos trabalhadores da construção civil cresceu 12,2% no primeiro trimestre e, no mesmo período, o nível de emprego nesse setor cresceu 6%.
“E não estamos falando apenas das grandes obras de infraestrutura, como hidrelétricas e estádios, ou da construção de novas unidades habitacionais, mas da ampliação de moradias já existentes, pequenos reparos e autoconstrução, práticas estimuladas pelo aumento da renda da população mais pobre, que antes não tinha dinheiro para investir na melhoria de suas casas”, afirmou.
Braga afirmou ainda que o crescimento do emprego nesse setor impulsiona o crescimento em outros setores, como o de serviços. Ele deu como exemplo o fato de as pessoas estarem viajando mais, estimulando os transportes, os serviços de hotelaria e todo o setor de turismo, além do aumento da utilização de serviços relacionados à beleza e estética e de manutenção, como o caso das oficinas mecânicas.
Brasil Carinhoso
No pronunciamento, o senador Eduardo Braga elogiou o lançamento do Programa Brasil Carinhoso, feito pela presidenta Dilma Rousseff no último domingo (13). O programa vai beneficiar 2,7 milhões de crianças de zero a seis anos que vivem na extrema pobreza, com ações voltadas para a primeira infância nas áreas social, com a ampliação do Bolsa Família; da educação, com o aumento da oferta de vagas nas creches; e da saúde, oferecendo suplemento de vitamina A, ferro e medicação gratuita contra asma.
Além disso, destacou Braga, o Bolsa Família será ampliado para garantir a todas as famílias que tenham, pelo menos, uma criança de zero a seis anos, uma renda mensal de no mínimo R$ 70 por pessoa. Um acordo com as prefeituras garantirá a construção de mais 1.500 creches em todo o País. Para isso, o governo federal vai investir até o ano de 2014 R$ 10 bilhões e a estimativa é que essas ações permitam a redução em 40% da miséria no país.
“Trata-se de ações em benefício de uma faixa populacional historicamente menos atendida em nossa sociedade e, no entanto, de fundamental importância para o futuro e o destino de nossa Nação: as crianças de zero a seis anos”, informou o senador.
Assessoria de Imprensa