Balsa contratada está “quebrada”, mas a Capitão Deodato está prontinha para uso
Vários moradores de Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, que dependem da balsa contratada pelo governo para fazer a travessia do rio Juruá, que faz divisa entre as duas cidades, acusam o governo de negligência pela péssima qualidade do serviço prestado pela empresa. Na manhã de sexta-feira, 22, a situação ficou caótica com vários condutores que trabalham nas duas cidades e precisavam atravessar o rio. Tinha chovido e nenhuma máquina apareceu para dar manutenção no porto.
Segundo eles, não é a primeira vez que a balsa tem problemas e a população das duas cidades fica sem o transporte, que já é pago com seus impostos, tendo que pagar pequenas balsas de madeira para atravessarem o rio. Além disso, as pequenas balsas não oferecem segurança nenhuma e os proprietários não têm condições de arcar com os prejuízos de um eventual acidente.
Segundo Mauro Leite os transtornos são enormes, começando pelo porto que quando chove fica sem condições de embarcar na balsa devido o acesso ser de terra. Na maioria das vezes os próprios condutores e donos das pequenas balsas são quem, com sua enchadas melhoram o porto. Outra situação é a má qualidade do serviço prestado pela tripulação da balsa alugada, que em algumas vezes destratam os condutores dos veículos.
Mauro diz não entender como o Governo do Acre aluga uma balsa, já que tem uma em melhores condições de uso. Para ele isso é uma forma de favorecer aliados políticos e escravizar a população das duas cidades.
Servidores do Deracre disseram que a balsa não estaria quebrada e sim o porto não estaria em condições para o encostamento da balsa, devido à cheia do rio Juruá.
Mas um funcionário da balsa, que pediu para não ter sua identidade revelada disse que o problema não é o porto, apesar de estar em péssimas condições, mas sim a bomba injetora do motor da balsa estaria com problemas há vários dias.
O fato é que enquanto a balsa está parada os condutores continuam pagando e arriscando suas vidas e veículos nessas pequenas embarcações, que não são seguras durante o período de cheia e grande correnteza do rio Juruá. E ainda pode ser pior caso o aluguel esteja sendo pago integral, mesmo durante os dias que o serviço não está sendo executado.
Tribuna do Juruá – João Antunes