Enquanto Policiais reclamam condições de trabalho e a sociedade acriana clama por segurança pública de qualidade, uma equipe do futebol se dá ao luxo de poder utilizar bem público para o translado de seus jogadores e torcida.
Isso fica evidente em todos os jogos do Galvez, equipe do futebol profissional, criado para representar a Polícia Militar no futebol profissional, que em seus jogos utiliza um Micro ônibus do Sistema Integrado de Segurança Pública para transportar seus jogadores e a Banda de Música da corporação para animar as arquibancadas dos estádios. Lamentavelmente, após o encerramento dos jogos do Galvez, os músicos, param de tocar e deixam o local.
Outro fato observado é que os militares que fazem parte do elenco profissional estão fora da escala de serviço.
As regalias do Galvez, bem que poderiam ajudar outras equipes do futebol acriano. Vejamos o exemplo do Náuas, equipe de Cruzeiro d Sul, que sem apoio, tem sido obrigada a mandar seus jogos em Rio Branco, sem nenhuma ajuda extra do Poder Público. O time tem que arcar com estádia, alimentação e transporte na capital. O deslocamento para o local das partidas e entre o local de hospedagem e restaurante também fica por conta da agremiação. Na semana passada o elenco se viu obrigada durante toda a semana a permanecer na capital. Sem recursos financeiros e apoio das instituições públicas, os atletas caminhavam cerca de um km para poder almoçar e jantar.
Está na hora de todas as equipes serem tratadas de forma igualitária e os de órgãos de fiscalização observar estes desmandos que tem sido praticado ao longo da existência do Galvez.
É preciso também, que o Governo Estadual reveja o que está acontecendo com o futebol profissional no Estado, antes que a falta de patrocínio e apoio obrigue outras equipes a abandonarem as disputas,assim como já fizeram Adesg e Independência, que devido à falta de patrocínio desistiram da disputa estadual.
Tribuna do Juruá – Adelcimar Carvalho