Dezenas de casas da margem esquerda da Rua Nossa Senhora da Gloria, no bairro Miritizal, estavam prestes a ser submersas. As águas não estavam sendo drenadas porque alguns moradores da outra margem estão impedindo. No mesmo local, as ruas estavam praticamente destruídas por causa do intenso tráfego de caminhões. As vias foram feitas há apenas um ano. Em alguns locais, sequer aparece vestígios da camada asfáltica, que, além de fina, tem muita brita e piche.
Todo esse transtorno está com os dias contatos. O proprietário da empresa MD Construções, Donário Cordeiro, começou a refazer todo o trabalho de saneamento e pavimentação.
O terreno da dona de casa Magda Souza da Silva era um das mais afetados. Temendo pegar malária e outras doenças típicas de águas paradas, ela agradece a intervenção da poder público. O responsável pelo programa ruas do Povo, Gontran Neto, disse que, ainda neste mês, tanto as ruas como a drenagem serão recuperados.
A presidente do bairro Miritizal, Maria das Graças Amorim, por sua vez, não está com pressa. Pessoalmente, ela pediu ao próprio governador para reconstruir o trabalho de má qualidade. Desta vez a gente não vai deixar eles passarem esse asfalto fino”, desabafou a líder comunitária, que também impedirá o tráfego de carros pesados.
Quem também está indignada é a dona de casa Francisca Dias Tavares. “Tudo acabou de repente. A gente precisa desse asfalto porque os nossos filhos vão para a escola. O posto de saúde do bairro está cheio de crianças e velhinhos, que estão doentes por causa da poeira”, disse a mulher, atribuindo a destruição das ruas, também, aos caminhões e caçambas.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal