De portas fechadas no Vale do Juruá desde novembro de 2011, o Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não está fiscalizado a fauna e flora da região. A denúncia partiu de ambientalistas que pediram para não serem identificados. “Estamos na maior biodiversidade do planeta e numa região de fronteira. Como vamos proteger todo esse patrimônio”, questionou um deles.
Com a proximidade da piracema, os ativistas estão preocupados, pois o órgão sequer expediu uma portaria proibindo as captura de algumas espécies. O gerente do Instinto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), Isaac Ibernon, afirma não ter estrutura e que o órgão não tem competência. “De acordo com a Constituição Federal e legislação afim, a competência para proteger a fauna e flora é da União, mesmo porque se trata de áreas protegidas e de fronteira”, esclarece ele.
Relatos de moradores dessas localidades afirmam haver escassez de animais silvestres e peixes. Nesta época de início de ano, quando o rio Juruá ganha um maior volume de água, os animais silvestres se afugentam para as restingas e acabam se tornando alvos fáceis para os caçadores. Era neste período, em que o Ibama geralmente realizava grandes apreensões, quando estava em funcionamento na região.
Há década com a incumbência de fiscalizar e coibir as atividades ilegais de pesca e caça predatórias, retirada de madeira, tráfico de animais silvestre, o desmatamento irregular e outras que agridem o meio ambiente, o Ibama, matinha a base em Cruzeiro do Sul de suas ações no Juruá. No entanto, segundo a superintendência do órgão, as despesas para manter o escritório em funcionamento se tornaram insustentáveis, o que levou ao fechamento.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal