A equipe de capitação do Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Mâncio Lima e Hospital Dr. Abel Pinheiro, realizou uma série de atividades no município de Mâncio Lima. Durante a semana passada, houve reuniões com agentes comunitários de saúde e com os coordenadores das Escolas Antônio de Oliveira Dantas, na Vila, Freire de Carvalho, na Colônia São Francisco, e 1º de Maio no Bairro Guarani.
Entre as principais atividades esteve a coleta pré-triagem (exame que vai dizer se o voluntário está apto ou não a doar sangue). As ações tinham como objetivo sensibilizar os jovens e a população da importância da doação de sangue e captar novos doadores. “Os objetivos foram alcançados, pois foram realizadas 40 coletas num pequeno período”, disse a gerente administrativa do Hemonúcleo, Irlene Bandeira.
Ainda de acordo com ela, existe um número baixo de doadores regulares devido à malária e à hepatite, ao mesmo tempo em que a população da região está crescendo. Nos testes realizados pela unidade são tirados 05 ml de sangue, que depois é enviado a Rio Branco, onde é analisado para saber se há presença de vírus de hepatite, de sífilis, de HIV, etc.
São requisitos para ser um doador: estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 67 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos; pesar no mínimo 50 kg; estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação); e apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial.
Normalmente, a captação de sangue em Cruzeiro do Sul é suficiente, mas, conta Irlene que há situações em que os hospitais necessitam de sangue negativo e é preciso recorrer a Rio Branco. “Muitas cirurgias e acidentes aumentam a demanda” – disse.
Candidatos a doadores
O senhor Adalberto de Souza Mesquita, presidente do Sindicato dos Condutores (Pau de Arara) foi até o ônibus do Hemonúcleo fazer o teste e se animou em saber se está com a saúde em dia ou se contraiu alguma doença; se poderá ser doador: “Se for aprovado, será um prazer para mim doar. Se eu passar nesse teste como doador certamente estarei disponível toda hora em que o telefone me chamar”. Mesquita conta que passou por uma situação difícil com a tia que estava no leito do hospital precisando de sangue e ele teve que recorrer ao Hemonúcleo para salvar a vida dela. “Então aconselho a todo cidadão cruzeirense que entre nessa corrente e venha coletar seu sangue para ver se serve para ser um doador e salvar vidas”.
A cozinheira Silvana Liziero há cerca de três anos queria fazer o teste para se tornar doadora, mas como havia feito uma tatuagem não foi indicada. Agora ela retornou, pois, segundo conta, o prazo de espera para quem faz uma tatuagem e quer ser doador é de um ano. “Eu sempre quis doar sangue, porque acho bonito e também por causa da minha família e por agradecimento, pois meu pai precisou de sangue e foi atendido”.
Angela Maria de Freitas ouviu no rádio sobre a campanha de captação de doadores e decidiu, com o marido, se dirigir ao centro da cidade fazer o teste. “Vim ver se eu posso ser doadora. Acho bonito. Hoje alguém está precisando, amanhã pode ser meu filho, alguém da minha família”.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal