Dezenas de mototaxistas realizaram ontem (21) um protesto no centro da cidade. Eles reivindicam mais segurança para a categoria, que, somente neste mês, teve quatro de seus membros assaltados. Gritando palavras-de-ordem, eles pararam em frente à delegacia-geral de polícia onde aconteceu um ato. Uma comissão de delegados recebeu os manifestantes.
Os mototaxistas criticam os órgãos de segurança, insinuando que os casos de assaltos envolvendo empresários têm “um tratamento diferenciado”. O presidente do sindicato, Antônio Francivaldo Castelo Nobre, diz que a classe vive um clima de medo e está disposta a não trabalhar à noite. “Isso não resolve porque a gente perde um turno, sem contar que os assaltos estão acontecendo em plena luz do dia”, declarou ele, em tom de indignação.
O sindicalista se referia ao caso do colega Francisco Andrade Brito, que acabara de ser assaltado na periferia da cidade. Ainda na manhã de ontem, de posse de uma arma branca, dois bandidos levaram cerca de R$ 300 e um celular do mototaxista. “Não tenho fé de recuperar nada”, declarou a vítima, de posse do registro policial da ocorrência.
O delegado titular de crimes contra o patrimônio, Luís Antonini, afirmou, mostrando os inquéritos sobre a mesa, que os casos estão sendo investigados dentro dos prazos e procedimentos legais. Também fez questão de explicar qual a função da Polícia Civil: “Somos a policia judiciária e não fazemos policiamento ostensivo, que é atribuição da Policia Militar”, declarou ele, destacando que os mototaxistas e taxistas são vulneráveis a alguns crimes.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal