A pesca nos rios e igarapés do Vale do Juruá estará proibida a partir do dia 15 de novembro, período de defeso e que limita a captura do pescado a algumas espécies. A medida visa proteger os organismos aquáticos durante as fases mais críticas de seus ciclos de vida, como a época de sua reprodução ou ainda de seu maior crescimento. A proibição termina no dia 15 de março do próximo ano.
Nesse período é proibida a pesca, transporte, armazenamento e venda do peixe. Podem ser comercializados somente peixes da espécie que são criados em viveiros e aqueles que possuem a declaração de armazenagem expedida pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).
O superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Rodrigues de Souza Neto, disse que são quase quadro mil pescadores artesanais beneficiados com o seguro defeso. Com a chegada da piracema, os profissionais cadastrados na Secretária Especial de Aquicultura e Pesca receberão o abono de um salário mínimo (pago em quatro parcelas).
Em contrapartida, os beneficiários do programa do governo federal assumem o compromisso de respeitarem a Portaria do Governo Federal. Ainda nesta semana sairá a lista com as espécies proibidas de serem pescadas. No ano passado, a lista ficou restrita às seguintes variedades: Dourado, Piraiba, Pacu, Aruna, Matrinchã, Jaraqui, Filhote, Sardinha e Capaparis. “O abono só começa a ser liberado, depois da primeira quinzena de novembro”, disse o presidente da Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul, Elenildo da Pesca.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal