O principal alvo do jovem Marcos Lima Mendonça, 18, o “Marquinho”, eram os mototaxistas e taxistas de Cruzeiro do Sul. O rapaz costumava solicitar viagens para locais mais distantes, onde anunciava o assalto, sempre de posse de uma faca. Na delegacia dois casos foram registrados envolvendo o acusado. No primeiro o jovem amordaçou e amarrou a vítima para realizar o assalto, e no último caso registrado a vítima foi o mototaxista Altevir Soares dos Santos.
“Ele pediu para fazer uma viagem lá pra estrada do lixão, e quando chegou lá ele disse que era um assalto. Quando chegou na parte de barro da estrada eu pulei de cima da moto para tentar escapar, pois ele falou que tinha mais outros quatro homens no final do percurso. Ele juntou a moto e levou, por sorte eu consegui encontrar ainda”, falou Altevir .
O taxista Francisco Carlos suspeita que “Marquinho” seja o homem que o assaltou, e foi até a delegacia fazer o reconhecimento.
“Pelas características é ele mesmo. Ele me pediu para ir lá na estrada do Guajará, e de lá pediu para entrar na estrada do Gama, e então anunciou o assalto. Ainda levou R$132,00 e um celular.”
Marcos Lima diz está arrependido dos atos cometidos e alega que realiza os roubos no intuito de usar drogas.
“Eu me arrependo de ter feito isso. Quando eu venho aqui para cidade eu uso droga e acabo tendo que roubar das pessoas porque fico sem dinheiro para comprar. Eu quero uma ajuda, quero me internar, não é da minha vontade esses crimes que eu cometo”, relatou o acusado.
O acusado é morador do Ramal dos Senas, Comunidade Passo Fundo, e foi lá que a Policia Civil conseguiu capturá-lo depois de investigações.
“Os investigadores aqui da delegacia estavam a procura do suspeito, tão logo tomaram conhecimento desse assalto a mão armada. A motivação para o crime sempre é torpe, e no seu descontrole acaba vitimando essas pessoas com armas brancas. Nós vamos lavrar todo procedimento e deixá-lo a disposição da justiça”, destacou o delegado Luiz Tonine.
“Marquinho” responde pelo crime de roubo com pena aumentada pela utilização de arma, que varia de 4 à 10 anos de prisão mais 1/3 da pena pela utilização da arma.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery