Os trabalhadores em educação de Cruzeiro do Sul, em reunião realizada hoje (01), no auditório do Núcleo de Educação do município, decidiram continar a greve deflagrada na semana passada. O encontro teve a participação do coordenador de Ensino da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Josenir Calixto, que reiterou a negativa do governo em conceder aumento.
O representante do governo estadual, porém, informou que a SEE está atendendo algumas reivindicações, segundo ele, históricas e que contemplaria quase 100% da categoria. “Estamos fazendo algumas progressões antecipadas e isso, como certeza, vai aumentar as remunerações”, assegurou Calixto, dizendo que continua “dialogando” com a classe.
O presidente do Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Valdenínio Martins, por sua vez, reafirmou que o movimento paredista é legítimo e que “a base” não aceita reajustes apenas em maio de 2014. “Por conta disso, estamos enviando um representante para acompanhar as negociações na capital e vamos, a partir de hoje à tarde, acampar aqui no Núcleo de Educação”, anunciou o sindicalista.
Os trabalhadores em educação reivindicam um aumento linear e integral de 15%, reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), equiparação salarial dos professores do quadro provisório com os professores do quadro efetivo, concurso para o provimento do quadro efetivo de professores e funcionários de escola, entre outros.
Reivindicações antigas
No início do ano, os sindicalistas ameaçaram uma paralisação em represália ao não pagamento da segunda parcela do Prêmio de Valorização dos Professores (VDP) e da segunda parcela do Prêmio de Valorização e Desempenho da Equipe Gestora (VDG), além do atraso no pagamento de salário dos trabalhadores das empresas terceirizadas.
Uma das questões consideradas mais injustas é a situação dos professores provisórios. Devido à rescisão contratual em todo final de ano, eles não recebem a segunda parcela do premio de valorização a partir de março. Sem contar também que recebem apenas 75% do que ganha uma professor do quadro efetivo.
Os sindicalistas querem, ainda, transformar a VDP em regência de classe; ampliar e aumentar o número de vagas para o curso pró-funcionário (atendendo aos municípios que ainda não foram contemplados); pagamento imediato das parcelas atrasadas da VDP para professores da zona rural e professores provisórios; a criação de uma política de investimento de formação continuada para professores e funcionários; a criação de uma comissão com representantes do sindicato, Secretaria de Educação e governo para discutirmos a problemática da saúde do trabalhador; e reposição salarial da inflação.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal