Quando surgiram os primeiros casos de dengue em Cruzeiro do Sul, apenas o vírus do tipo “1” circulava pela cidade. Pelos diagnósticos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde, até o mês de outubro, ainda não tinha sido identificado outro estágio da doença. Entretanto, durante o mês de novembro, vários pacientes apresentaram o vírus tipo “4” considerado o último estágio. Desses pacientes, dois morreram com complicações provocadas pela dengue.
Em dez meses já foram realizadas mais de 26 mil notificações nas unidades básicas de saúde e nos hospitais da segunda maior cidade do Acre. Desses, foi diagnosticado um total de 16 mil pacientes com dengue.
A secretária municipal de saúde, Lucila Bruneta, acredita que, mesmo tendo sido identificados apenas dois tipos da doença, a cidade já pode está infestada com todos os outros dois tipos de dengue. “Se tem os tipos um e quatro, com certeza já tem dos outros tipos também” – disse Lucila.
Os dois óbitos provocados pela dengue aconteceram durante este mês. Uma professora foi a primeira vítima. Na semana passada morreu a segunda pessoa com dengue grave. Um aposentado que sofria de hipertensão passou uma semana na UTI do hospital do Juruá, mas não resistiu.
A luta contra a dengue continua em toda cidade. Durante o inverno, período mais propício para a reprodução do mosquito transmissor, a Secretaria Municipal de Saúde conta com a colaboração das escolas, do IFAC, SEBRAE, CEFLORA e da Associação Comercial do Juruá, para intensificar as ações. Todos os dias grupos de voluntários realizam arrastões nos bairros com o objetivo de conscientizar a população para eliminar os criadouros do Aeds Aegypti.
“Além da conscientização dos moradores, estamos realizando a borrifação costal, com o apoio da Secretaria de Obras, fazemos um mutirão de limpeza da cidade e mantemos todas as unidades de saúde à disposição dos pacientes. Quero ressaltar que é importante que quando as pessoas sentirem os sintomas procure as unidades de saúde, pois a dengue mata e só o médico sabe como deve ser feito o tratamento” – alertou a secretária de saúde.
Tribuna do Juruá